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Dignidade

Sistema de captação de água diminui impactos de estiagem no AM

Rio Negro atinge menor nível em 122 anos; iniciativa “Água+ Acesso” beneficia mais de 1,8 mil pessoas no Amazonas

Foto: Orlando Jr

Pelo segundo ano consecutivo, a estiagem no Amazonas atingiu níveis recordes, com o Rio Negro registrando 12,11 metros em outubro, o menor nível em 122 anos de monitoramento pelo Porto de Manaus. Para enfrentar os desafios da seca extrema, a Fundação Amazônia Sustentável (FAS), em parceria com a Fundación Avina e a Coca-Cola Brasil, executa o projeto “Água+ Acesso” na Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Piagaçu-Purus.

Rio Negro atinge menor nível em mais de um século

O Rio Negro, um dos principais afluentes do Amazonas, marcou 12,11 metros em outubro, o nível mais baixo em 122 anos. A estiagem severa impacta não apenas o ecossistema, mas também as comunidades que dependem dos rios para transporte, alimentação e acesso a serviços essenciais.

Projeto “Água+ Acesso” beneficia mais de 1,8 mil pessoas

O projeto “Água+ Acesso” ampliou recentemente seu sistema de captação, tratamento e distribuição de água para as comunidades ribeirinhas Deus é Amor, Paricatuba, Uxi e Cuiuanã, beneficiando 365 famílias, mais de 1,8 mil pessoas. Maria Ribeiro Lima, moradora da comunidade Deus é Amor, relata a transformação:

“Antes, a situação era complicada. Não tínhamos água adequada nem para atividades cotidianas. Ano passado, tínhamos que comprar água em garrafões, mas nem todos conseguiam. Agora, temos água potável à disposição. Melhorou a qualidade de vida de todos”, afirma Maria.

Impacto positivo em escolas e famílias

Além das residências, o projeto beneficia três escolas municipais rurais, alcançando quase 500 estudantes. Para Ana Cristina Vieira Gomes, da comunidade Cuiuanã, a iniciativa foi a realização de um sonho:

“A água de qualidade evita doenças e trouxe grandes benefícios para minha família e vizinhos. Mesmo com a estiagem, tivemos menos dificuldades”, destaca Ana Cristina.

Tecnologia sustentável garante acesso à água

O projeto utiliza um sistema de captação, tratamento e armazenamento de água potável, com painéis fotovoltaicos para geração de energia sustentável. Cada sistema pode limpar até 5 metros cúbicos de água por hora, fornecendo 56 milhões de litros de água potável por ano.

“Ter acesso à água potável, sobretudo em tempos de seca, é fundamental. Junto com parceiros, conseguimos levar uma solução sustentável permanente”, afirma Valcléia Lima, superintendente da FAS.

Expansão do projeto e websérie

Desde 2017, o “Água+ Acesso” já impactou 6 mil pessoas em 35 comunidades no Amazonas. Até 2025, a iniciativa pretende atender 37 comunidades ribeirinhas e mais de 10 mil pessoas na região Norte. A websérie sobre o projeto está disponível no canal do YouTube da FAS, mostrando a realidade das comunidades e os impactos positivos da iniciativa.

EP. 1 | Água+Acesso: Comunidades ribeirinhas e a realidade da falta d’água potável
Ep. 2 | Água+Acesso: Conheça a realidade de Leidiane Laranjeiras
Ep. 3 | Água+Acesso: O impacto da chegada de água potável em comunidades da Amazônia

(*) Com informações da assessoria

Leia mais: Jornalista do Em Tempo é premiado no 3º Prêmio Águas de Manaus de Jornalismo Ambiental

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