O mercado global de Cannabis vive um momento de expansão sem precedentes. Avaliado em US$ 42,1 bilhões em 2024, o setor legal da planta deve atingir US$ 51,4 bilhões já em 2025, com uma taxa de crescimento anual composta estimada em 21,89% até 2033, segundo projeções do Global Growth Insights. Este cenário favorável tem incentivado o surgimento de negócios inovadores, especialmente em países que estão avançando na regulamentação do uso medicinal e industrial da Cannabis.
No Brasil, a tendência segue a mesma direção. O número de pacientes que utilizaram medicamentos à base da planta cresceu 56% em 2024, totalizando 672 mil pessoas. A expectativa é que, em 2025, o mercado brasileiro de Cannabis medicinal movimente cerca de R$ 1 bilhão, conforme dados da consultoria Kaya Mind. Ainda que o país enfrente entraves regulatórios, decisões recentes, como a autorização do cultivo industrial da planta pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), têm sinalizado uma abertura crescente e importante para o desenvolvimento do setor.
Fundada no Maranhão, a Hempense é uma startup que aposta na junção entre o potencial medicinal e cosmético da Cannabis e os ricos insumos da biodiversidade amazônica, como babaçu, açaí e buriti. A proposta da empresa é clara: unir ciência, inovação e recursos naturais brasileiros para desenvolver produtos diferenciados e sustentáveis, voltados especialmente para o cuidado com a pele.
Com formação em Farmácia e doutorado em Ciências Farmacêuticas, Mônica Araujo das Neves, fundadora da Hempense, identificou um gap entre a produção científica sobre a Cannabis e sua aplicação prática no mercado. “Decidimos criar a Hempense para transformar conhecimento acadêmico em soluções reais e seguras, com foco na educação do consumidor e na entrega de produtos eficazes”, explica.
A startup foi uma das selecionadas pelo programa Inova Amazônia, iniciativa do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), voltada para o fomento do empreendedorismo inovador na região Norte. O apoio permitiu que a Hempense estruturasse suas operações, desenvolvesse produtos e buscasse capacitação em áreas como cosmetologia e nanotecnologia. Hoje, a empresa foca em cosméticos com Canabidiol (CBD), combinando os efeitos anti-inflamatórios do composto com propriedades hidratantes e antioxidantes dos insumos amazônicos.
“O babaçu, por exemplo, é muito conhecido no Maranhão, mas pouco explorado fora. Combinado ao CBD, cria um produto potente para cuidados dermatológicos”, destaca Mônica, que também vê a nanotecnologia como aliada no aumento da eficácia dos produtos.
Apesar dos desafios financeiros e regulatórios, Mônica é otimista com o futuro. “Acreditamos no potencial do Brasil como líder global em produtos à base de Cannabis, especialmente com a riqueza da nossa biodiversidade”, conclui.
Soja movimenta a economia do Pará e projeta safra recorde em 2025
A produção de soja no Pará segue em ritmo acelerado, consolidando o estado como protagonista no agronegócio nacional. Em 2024, o grão representou 99,8% das exportações do setor agropecuário paraense, somando US$ 1,6 bilhão em receita. Os principais destinos foram China, Espanha, Turquia e Rússia, refletindo a forte demanda internacional.
Para 2025, a expectativa é ainda mais promissora. Somente na região do Baixo Amazonas – que inclui Santarém, Belterra e Mojuí dos Campos – a área cultivada chegou a 130 mil hectares, com previsão de produção de 7,54 milhões de sacas (ou cerca de 452 mil toneladas). O faturamento estimado com a colheita ultrapassa R$ 900 milhões, considerando o valor médio da saca em R$ 120.
Além da produção crescente, o Pará também se destaca pela sua logística estratégica. Os portos de Belém e Barcarena fazem parte do Arco Norte, corredor fundamental para o escoamento da safra do Norte e Centro-Oeste do Brasil, reduzindo custos e prazos logísticos.
Com infraestrutura em expansão, ganhos de produtividade e presença crescente no mercado global, o Pará reafirma seu papel como novo polo emergente da sojicultura brasileira, combinando avanço econômico com protagonismo regional.
Amazonas avança na construção de seu Plano Estadual de Bioeconomia
O Governo do Amazonas deu início aos ‘Diálogos Municipais’ para a construção do Plano Estadual de Bioeconomia, uma iniciativa estratégica que busca integrar saberes tradicionais, ciência e inovação em prol de um modelo de desenvolvimento sustentável para a região.
De acordo com o secretário executivo de Ciência, Tecnologia e Inovação da SEDECTI-AM, Jeibi Medeiros da Costa, essa fase participativa deve ser concluída até o final de maio de 2025.
O plano está estruturado em cinco eixos centrais – Governança, Cultura, Patrimônio Genético, Energia Renovável e Ecossistemas de Negócios – e propõe ações como linhas de crédito específicas, certificação de produtos, incentivo ao uso de energia solar e o fortalecimento das cadeias socioprodutivas.
A proposta vai além de metas econômicas: trata-se de um caminho para gerar inclusão produtiva, estimular a bioeconomia local e valorizar a sociobiodiversidade amazônica.
Estudos apontam que a adoção de políticas sustentáveis e o crescimento da bioeconomia podem elevar o PIB do Amazonas em até 2,8% até 2040, além de contribuir para a preservação de cerca de 9,8 milhões de hectares de floresta. Ou seja, é bom pra gente e pro planeta!
Com gosto e sem culpa: GoldKo estreia em Manaus e reforça tendência de consumo saudável no Brasil
A GoldKo, marca referência em chocolates sem adição de açúcares, inaugurou na última terça-feira (15/4) sua primeira franquia em Manaus, no Amazonas Shopping. Sob comando do empresário Wagner Santos, a unidade marca a estreia da empresa na região Norte, alinhando-se ao crescimento da demanda por alimentos mais saudáveis sem abrir mão do sabor.
Fundada pela família Goldfinger (Kopenhagen), a GoldKo se destaca por seu portfólio que une indulgência e bem-estar: chocolates, marshmallows e cafés especiais – todos com apelo funcional, versões veganas e livres de glúten.
A chegada da marca ocorre em meio ao crescimento acelerado do setor de franquias no Brasil, que registrou alta de 13,8% em 2023 e segue em expansão, especialmente entre negócios voltados à alimentação consciente e ao estilo de vida saudável. Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e Balas (ABICAB), o consumo de chocolate no país também segue aquecido, com aumento de 8% em 2023 e média de 3,2 kg por habitante, enquanto cresce a busca por versões mais equilibradas nutricionalmente.
RÁPIDAS & BOAS
A Universidade do Estado do Amazonas (UEA) está com inscrições abertas para a especialização em Bioemecânica. Estão sendo disponibilizadas mais de 40 vagas e os interessados podem proceder a inscrição de forma virtual até segunda-feira (21/4), por meio do e-mail (biomecanica@uea.edu.br).
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O Shopping Ponta Negra preparou um espaço especial para a criançada celebrar o clima da Páscoa: é a Vila do Coelho, uma experiência lúdica e cheia de encanto. A atração acontece até segunda-feira (21/4), sempre das 14h às 20h, no Piso L2, ao lado da Diesel.
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O Centro de Ensino Literatus está com o curso de bolsas aberto que é uma chance imperdível para estudantes da rede pública e privada. As inscrições seguem abertas até quarta-feira (23/4), pelo link (https://www.literatus.edu.br/).
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A Chamada de Negócios 2025 da Amaz Aceleradora de Impacto está com as inscrições abertas até às 17h, (horário de Brasília) da sexta-feira (25/4). Podem participar do edital startups e empreendedores com sede ou atuação direta na Amazônia, que já estejam em operação – em fase mais avançada ou de desenvolvimento – e que possuam produtos ou serviços em modelo inovador podem receber investimentos na ordem de até R$ 1 milhão. Informações e inscrições estão sendo feitos pelo link (https://tinyurl.com/5cy83fnj).
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O Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI Amazonas) está com chamada pública aberta até sexta-feira (25/4), oferecendo 1.780 vagas gratuitas em cursos de Qualificação Profissional e Aperfeiçoamento Profissional. Para outras informações e inscrições basta acessar o link (https://tinyurl.com/5n8zf8fe).
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