O governo do Japão executou, nesta sexta-feira (27), Takahiro Shiraishi, de 34 anos, condenado à morte pelo assassinato de nove pessoas. A execução, feita por enforcamento, foi a primeira no país desde 2022.
Shiraishi ficou conhecido como o “assassino do Twitter” por usar a rede social para atrair as vítimas, entre elas oito mulheres e um homem, com idades entre 15 e 26 anos. Ele prometia ajudar pessoas com tendências suicidas a morrerem.
Prisão e confissão
O criminoso foi preso em outubro de 2017, após a polícia investigar o desaparecimento de uma jovem de 23 anos. Na casa dele, os agentes encontraram três caixas térmicas e cinco contêineres com cabeças e ossos humanos, segundo a imprensa japonesa.
Shiraishi confessou os crimes. Ele admitiu ter atraído as vítimas pela internet, levando-as até sua casa, onde as matava, esquartejava e, em alguns casos, estuprava os corpos.
Justiça e execução
A condenação foi finalizada em 2020. Segundo o ministro da Justiça, Keisuke Suzuki:
“Este caso, motivado por egoísmo, como gratificação sexual e financeira, resultou na morte de nove pessoas ao longo de dois meses – um incidente profundamente grave que causou choque em toda a sociedade.”
“A sentença de morte foi finalizada após um processo judicial minucioso e cuidadoso”, concluiu.
Pena de morte no Japão
O Japão e os Estados Unidos são os únicos países do G7 que ainda aplicam a pena de morte. Atualmente, há 105 pessoas no corredor da morte no Japão, segundo o governo — 49 delas tentam reverter as sentenças.
Apesar das críticas de organizações internacionais de direitos humanos, o ministro Suzuki defende a pena capital. Ele citou uma pesquisa de 2024, que apontou que 83% dos entrevistados japoneses apoiam a pena de morte.
Pressão por mudanças
Nos últimos anos, o debate sobre a abolição da pena capital ganhou força. Um caso que contribuiu para isso foi o de Iwao Hakamada, preso desde 1968. Ele foi libertado em 2023 após a Justiça reconhecer que houve falsificação de provas no processo que o condenou.
Centro de Valorização da Vida
Caso você esteja pensando em cometer suicídio, procure ajuda especializada como o CVV (Centro de Valorização da Vida) e os CAPS (Centros de Atenção Psicossocial) da sua cidade. O CVV funciona 24 horas por dia (inclusive aos feriados) pelo telefone 188, e também atende por e-mail, chat e pessoalmente. São mais de 120 postos de atendimento em todo o Brasil.
(*) Com informações do SBT News
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