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Dia da Escola

Em alusão ao Dia da Escola, Em Tempo destaca Colégio Dom Pedro II

Primeira de Manaus, escola foi marcada pela presença de grandes nomes que fizeram história no estado e que ainda carregam as memórias escolares do local

Foto: Divulgação

Manaus (AM) – No dia 15 de março é comemorado o Dia da Escola. Em alusão à data, o Em Tempo destaca o primeiro colégio secundarista do Amazonas – com ensinos fundamental e médio -, o Dom Pedro II. Com mais de 150 anos de história, a unidade preza pela formação de alunos tanto como quanto para o mercado de trabalho. Ao longo dos anos, o Dom Pedro II conseguiu formar grandes nomes, que fizeram história no Amazonas e carregam as memórias escolares do local.

Criada no século XIX, em 1869, durante o período em que o território do Amazonas ainda fazia parte do estado do Grão-Pará, o colégio Dom Pedro II completou, nesta segunda-feira (14), 153 de existência.

A data marca a independência efetiva da escola das dependências do Seminário Episcopal de São José de Manaus. Afinal, sua primeira fundação aconteceu no dia 31 de agosto de 1864, mas naquele momento, não possuía autonomia própria, pois suas atividades eram realizadas sob influência da autarquia religiosa.

Conforme a diretora do Dom Pedro II, Adriana Brasil, o nome do colégio já passou por muitas modificações, sendo chamado primeiramente como Liceu Provincial Amazonense.

“O colégio tem uma grande história e no decorrer dos anos e de vários decretos, seu nome foi mudando. Uma hora ele se chama Liceu Provincial Amazonense, outra hora se transforma em gminisiano”,

conta a diretora.

“Filhos” do Dom Pedro II

Porém, em 6 de abril de 1982, seu nome foi alterado para o nome oficial, como é conhecido atualmente, pelo governador da época, José Lindoso. Desde então, para a diretora, o colégio Dom Pedro II tem realizado um papel fundamental para a história da educação do Amazonas e de Manaus.

 “Ao longo dos anos, foi de suma importância para sociedade amazonense porque é um dos colégios mais antigos da sociedade amazonense e um dos que mais aprova nos vestibulares, justamente porque o nosso corpo docente trabalha justamente para os nossos vestibulares e porque mantém a tradição no ensino”,

diz a diretora Adriana Brasil.

Conforme a diretora, a escola recebe em média cerca de 1 mil alunos anualmente. Durante esses anos, passaram pelo Dom Pedro II alunos notáveis, que trouxeram mudanças e benefícios para o estado do Amazonas.

Entre os nomes, aparece o poeta Thiago de Mello, Saul Benchimol, fundador da empresa Bemol, o empresário José Azevedo, do Grupo TV Lar, e o economista Osiris Silva.

“É um colégio que se destaca também pela história e pela contribuição de ex-alunos para a sociedade amazonense”,

diz a diretora.

Ex-aluno

Um dos alunos que guarda boas memórias do colégio Dom Pedro II é o professor de Direito Público Mário Lúcio Covas. Sua passagem como aluno aconteceu entre os anos 1984 e 1987, período em que lembra ter sido muito gratificante e de grande aprendizado sobre as questões locais do estado.

“Tive o maior vivenciamento sobre a nossa cultura, sobre o nosso estado do Amazonas. Foi quando conheci um pouco da história do nosso estado dentro do contexto sociopolítico e cultural”, diz Lúcio Covas.

Ao longo de sua trajetória estudantil no Dom Pedro II, Mário passou a se interessar e a ter vocação cultural por meio das artes plásticas, do desenho e da pesquisa cultural. Na época, desenvolvia atividades como artista plástico, sendo um dos mais jovens membros da Associação Amazonense das Artes Plásticas, aos 14 anos. De acordo com Mário, essa habilidade era motivada e trabalhada na escola. Também participou do grêmio estudantil como presidente e foi editor do jornal do colégio, local onde despertou interesse pela política.

“Depois disso, cheguei a ter alguma experiência política. Também tive uma aprendizagem sobre rotinas administrativas e militei no movimento estudantil. Em seguida me graduei e me especializei em direito, e depois me formei em pedagogia. Tudo isso graças ao colégio amazonense Dom Pedro II, que foi uma base para mim”,

diz Mário.

As aulas que Mário acompanhou foram ministradas por grandes professores que marcaram sua adolescência e o inspiraram.

“Eu me espelhava realmente nos grandes mestres do passado, como o professor Mário Ipiranga Monteiro e o professor Moacir Andrade. Todos eles passaram também pelo colégio Dom Pedro II, assim como os ex-governadores Plínio Coelho, que eu cheguei a conhecer pessoalmente, e o ex-governador Gilberto Mestrinho”,

lembra o atual professor de Direito Público.

Diante de tantos mestres e aprendizados, Mário é hoje presidente da Associação dos Ex-Alunos do Colégio Amazonense Dom Pedro II e tem o objetivo de preservar a história do colégio.

“O nosso projeto agora é montar um museu do colégio Dom Pedro II, para manter essa memória e resgatar esses acervos para recompor os fragmentos da história dessa instituição”, afirma.

Edição: Leonardo Sena

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