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Caso Encerrado

Assassino de gari tentou queimar prova do crime, segundo DEHS

A informação foi do titular da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), Ricardo Cunha, durante coletiva de imprensa na manhã desta sexta-feira (6)

Manaus (AM) – Fábio Alexandre Lira dos Santos, de 28 anos de idade, apontado como o assassino do gari Aldenir Castilho, de 25 anos, durante um assalto no bairro Japiim, Zona Sul de Manaus, no dia 26 de março, tentou destruir as provas do crime. O infrator foi preso nesta quinta-feira (5) pela Polícia Civil do Amazonas (PC-AM).

A informação foi do titular da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), Ricardo Cunha, durante coletiva de imprensa na manhã desta sexta-feira (6).

Titular da DEHS, Ricardo Cunha, deu detalhes da prisão. Foto: Reprodução

De acordo com ele, Fábio, que estava escondido em um sítio de familiares, localizado no km 5 da rodovia federal BR-174, colocou fogo em uma camisa usada na ocasião do assalto.

“O traje que ele usava no dia do crime, apontado pelas filmagens, quando ele viu isso sendo noticiado pela mídia, já tentou queimar. A camisa ficou bem deteriorada, mas o resto está preservado. A arma do crime ainda estamos procurando. O caso está, praticamente, elucidado. Temos dez dias para encaminhar esse inquérito policial. Todos os participantes estão presos e demos uma resposta para os familiares e amigos do Aldenir e à população”,

explica.  

Fábio Alexandre colocou fogo na camisa que usou no dia do crime. Foto: Divulgação

Ainda de acordo com Ricardo Cunha, o número 181, o disk-denúncia da Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP/AM) foi essencial para elucidar o caso, depois que o primeiro suspeito, Ewerthon Silva e Silva, foi preso.

“Após chegarmos nele, Ewerthon disse que o executor se tratava de uma pessoa conhecida como ‘Negão’. No primeiro momento, apresentou o nosso banco de dados uma pessoa chamada Rafael. Contudo, nosso 181, o ‘disk-denúncia’, várias pessoas informaram que não se tratava dessa pessoa, mas o irmão dele. Isso ligou nosso alerta, voltamos ao presídio, e o Ewerthon disse que os dois têm um aspecto físico muito parecido. Nesta quinta-feira (5) descobrimos que ele estava num sítio pertencente a sua família”, disse.

Questionado sobre as razões que levaram Fábio Alexandre a atirar em Aldenir Castilho, o titular da DEHS disse que o autor ainda tentou amenizar sua culpa.

“Isso é muito natural em um homicídio. Diz que atirou para trás porque ficou assustado quando gritaram ‘pega ladrão’, atirou e acertou Aldenir, mas que não queria ferir ninguém. O tio que escondia ele vai responder pelo crime de favorecimento. Ele é um velho conhecido da polícia com passagens por roubo, tráfico de drogas e usava tornozeleira eletrônica e rompeu para praticar os assaltos. Ele vai responder por homicídio”,

disse o delegado.

O secretário de estado de segurança pública, o general Carlos Alberto Mansur, compareceu a entrevista coletiva. Além de parabenizar o trabalho dos policiais, explicou que a resolução desses casos é uma determinação do governador Wilson Lima.

“Essas ações são ações e respostas rápidas que a Secretaria de Segurança, Policias Civil e Militar estão dando na elucidação dessa ocorrência. Todos sabem que o homicídio tem aumentado e, por determinação do governador, criamos uma força tarefa para combater a criminalidade…. As policias estão na rua e fazendo investigações. Pedimos que a população use o 181 para fazer as denúncias, que estão sendo muito valiosas para todos nós da segurança pública”, afirma.

Fábio Alexandre confessou o crime e disse que atirou porque ficou “assustado”. Foto: Reprodução

Anteriormente

O primeiro a ser preso pela morte de Aldenir Castilho foi Ewerthon da Silva e Silva, de 38 anos, na quinta-feira (28), dois dias após o crime. Ele atuou como motorista no dia do assalto, utilizando um carro modelo Corsa Classic Branco, que a polícia descobriu ser alugado e ainda usado para fazer corridas de aplicativo.

Relembre o caso

Aldenir Castilho foi assassinado na rua S6 com 5 de setembro, no bairro Japiim, na zona Sul de Manaus, no último dia 26 de abril. Por volta das 19h30, Ewerthon e Fábio assaltavam no local, ocasião em que, no momento do crime, um caminhão coletor de lixo passava.

Aldenir se assustou com o barulho do assalto na hora que recolhia o lixo e foi atingido por um tiro no peito. O trabalhador caiu e o carro coletor seguiu. Minutos depois, os colegas perceberam que o homem foi atingido e estava caído na rua.

Ele chegou a ser levado para um Hospital e Pronto-Socorro 28 de Agosto, mas morreu horas depois. Aldenir Castilho deixa esposa e dois filhos pequenos.

Veja vídeo do dia do crime:

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