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Feminicidio

Serial killer que matou três mulheres no Amazonas é preso

Segundo a polícia, duas vítimas foram carbonizadas e a outra foi atacada com 73 golpes de tesoura.

Natan de Melo Furtado é considerado pela polícia como um serial killer - Foto: Marcos Holanda

Iranduba (AM) — Com um perfil considerado de um serial killer, um homem identificado como Natan de Melo Furtado, de 33 anos, conhecido como “Giban”, foi preso suspeito de matar três mulheres, no Amazonas. Segundo a polícia, duas vítimas foram carbonizadas e a outra foi atacada com 73 golpes de tesoura.

De acordo com as autoridades, a motivação dos crimes foi ódio pelas mulheres. Natan foi capturado na segunda-feira (23), no município de Iranduba (a 27 quilômetros de Manaus). Ele usava um nome falso e estava morando na Fazenda da Esperança, instituição de recuperação de dependentes químicos.

“As vítimas dele sempre eram mulheres, acima dos 40 anos e solteiras. Ele se aproximava delas e tirava alguma vantagem, porém, quando algo o desagradava ele acabava retirando a vida dessas pessoas de forma brutal”,

explicou a delegada Marília Campello, coordenadora do Núcleo de Combate ao Feminicídio da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS).

Ainda segundo a delegada, a última vítima do serial killer estava, inclusive, passando por um tratamento contra o câncer, em Manaus. “Não havia necessidade dele transferir 73 golpes contra ela”, disse Marília.  

Mortes no interior

Conforme a polícia, as duas primeiras vítimas do serial killer foram mortas no município de Boca do Acre (a 1.028 quilômetros de Manaus).

O primeiro caso foi em 2016, Esmeralda Rocha da Cruz, que tinha 51 anos, e o segundo em 2021, que teve como vítima Ana Lúcia Barbosa da Silva, de idade não divulgada.

Nesses dois casos, Natan teve um relacionamento amoroso com as vítimas. As mulheres foram mortas e, em seguida, ele ateou fogo na casa delas, informou a polícia.

O homem matou e ateou fogo na casa das tuas primeiras vítimas Foto: Marcos Holanda

Segundo o delegado Ricardo Cunha, titular da Delegacia Especializada em Homicídio e Sequestros (DEHS), Natan havia sido preso em Boca do Acre, mas fugiu da carceragem vindo para Manaus.

“Na capital ele estava vivendo normalmente, mas já planejava a próxima vítima. No mês de junho de 2022 ele comete mais um assassinato, dessa vez de Leonor Maria Nascimento da Silva, que tinha 57 anos”,

afirmou.

Ódio pelas mulheres

Leonor foi morta em junho de 2022, no bairro da Raiz, Zona Sul de Manaus. O serial killer era inquilino dela e não tinha nenhum relacionamento com a vítima. Leonor foi encontrada morta pela filha, com cerca de 73 golpes de tesoura.

Para a delegada Marília Campello, a motivação dos crimes foi por misoginia, que é o ódio pelas mulheres.

Ainda conforme a Campello, o criminoso levou várias coisas da casa da vítima após o crime, segundo imagens de câmeras de segurança que mostram o agressor saindo do local.

Durante as investigações, foi encontrado uma sacola com as roupas que Natan usou no dia do assassinato.

“Ele matou Leonor, tomou um banho após o crime, trocou de roupa e jogou as roupas ensanguentadas em um terreno próximo à residência da vítima. Também foi encontrado peças intimas dessa vítima. Estamos no aguardo da perícia para saber se houve um abuso sexual contra ela também”,

explicou.

Feminicídio

Natan responderá por feminicídio e após os procedimentos cabíveis ficará à disposição da Justiça. Ele nega a autoria dos crimes, segundo a polícia.

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