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Conflitos

O conflito corporativo como propulsor de mudanças

Muitas das grandes invenções da humanidade são fruto de conflitos

As reflexões aqui apresentadas se desdobram na busca de um olhar sobre os benefícios do conflito. Vai além da visão tradicional, que costumeiramente o enxerga como um episódio a ser evitado e eliminado. Daí a sua relevância e pertinência: propor uma nova concepção sobre o tema, perceber o conflito como fator de aprendizado, autodesenvolvimento e crescimento para a empresa e para as pessoas.

Muitas das grandes invenções da humanidade são fruto de conflitos. Conflitos no sentido de insatisfação com o status quo predominante. Vejamos exemplo da invenção do iPhone em 2007 por Steve Jobs. A criação deste produto, que revolucionou o modo como nos comunicamos, aconteceu após inúmeras outras tentativas fracassadas, desavenças pessoais que culminaram com a demissão de Jobs e quedas de faturamento em indústrias de tecnologias na época. Porém, sua persistência e inquietação criativa, geraram o iPhone, uma referência por representar a mistura de computador de mão, tocador de música e telefone, com funcionamento a partir de sua tela sensível ao toque.

A invenção da lâmpada elétrica, por Thomas Edison, depois de realizar 1.200 experiências, é mais um exemplo do quanto o conflito construtivo pode evitar a estagnação. Inconformado com o insucesso das inúmeras tentativas anteriores, em 1879, enfim a grande vitória de Edison: a primeira lâmpada elétrica se manteve acesa durante 40 horas seguidas. Ele não somente inventa uma lâmpada incandescente de filamento de carbono, como começa a produzi-la em escala de mercado, tornando-a economicamente viável.

A partir de então, o emprego da eletricidade generaliza-se como forma de iluminação em casas, lojas, fábricas e, com impressionante rapidez, nos teatros. Quando indagado: como você aguentou fracassar 999 vezes para somente obter sucesso na milésima vez?, o inventor apresenta sua perspectiva sobre a falha: “eu não fracassei, aprendi 999 maneiras de não fazer a lâmpada elétrica, e somente por isso consegui fazê-la funcionar!”.

O longo percurso trilhado pelos inventores relatados corrobora a ideia de que o conflito pode servir de fonte de motivação, provocando raciocínio e reflexões relevantes, ele nos move. Como observado, o conflito evita que as empresas entrem em estado de estagnação e não se adaptem ao seu ambiente externo, além disto, é possível perceber o conflito com uma mola propulsora de mudanças. Imaginemos, por um segundo, o que seria do mundo hoje sem o uso da lâmpada para iluminar nossas noites ou dos telefones celulares para facilitar nossa rotinas.

As criações referenciadas para nossa reflexões, são apenas algumas de muitas outras que originaram-se a partir do incornformismo, do confronto com ideias e modelos predominantes, com litígios entre criadores, investidores e mercado, sem os quais, não teríamos alcançado avanços tão representativos em mobilidade, produtividade, comunicação e conforto. É por meio do conflito que, como colaboradores no mundo corporativo, criticamos as práticas passiveis de melhorias e nos tornamos mais sensíveis às necessidades apresentadas pelos diversos stakeholders.

Por Joziane Mendes – Coordenadora e Docente Universitária. Administradora. Especialista em Gestão de Pessoas com expertise em Comunicação, conflitos, oratória e carreira.

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