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IBGE

Brasil tem 72 mil pessoas vivendo em barracas ou em outras estruturas precárias nas ruas

O Censo de 2022 encontrou 160 mil pessoas residindo em domicílios particulares improvisados

Ao menos 72 mil brasileiros vivem em barracas, tendas ou outras estruturas improvisadas na rua, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Na manhã desta sexta-feira (6), o órgão divulgou novos números do Censo 2022, referentes aos chamados domicílios coletivos e improvisados, bem como aos domicílios particulares permanentemente vagos ou de uso ocasional.

No Censo Demográfico, são classificados como domicílios particulares improvisados domicílios localizados em edificações que não tenham dependências destinadas exclusivamente à moradia, em estruturas comerciais ou industriais degradadas, ou inacabadas, calçadas, praças ou viadutos e em abrigos naturais, bem como as estruturas móveis (como veículos e barracas).

O Censo de 2022 encontrou 160 mil pessoas residindo em domicílios particulares improvisados. O tipo de domicílio improvisado que apresentou o maior número de moradores foi a categoria “Tenda ou barraca de lona, plástico ou tecido”, com 57 mil moradores, representando 35,3% dos moradores de domicílios improvisados, o que equivale a 0,03% da população brasileira.

Em segundo lugar, aparecem os domicílios do tipo “dentro de estabelecimento em funcionamento”, com 43 mil moradores.

Essa modalidade pode incluir, por exemplo, operários que vivem dentro de uma fábrica.

Os domicílios do tipo “estrutura não residencial permanente degradada ou inacabada” possuíam 17 mil moradores.

Nessa categoria, se encaixam os moradores de obras ainda não concluídas ou grupos que invadem estruturas abandonadas.

Já os domicílios do tipo “estrutura improvisada em logradouro público, exceto tenda ou barraca” tinham 15 mil pessoas. Essa categoria pode incluir, por exemplo, estruturas montadas com caixas de papelão.

A quantidade de moradores de rua foi impulsionada pela crise econômico e o desemprego decorrentes da pandemia.

Entre os sem-teto de grandes cidades, como São Paulo, é possível identificar crianças e até famílias inteiras. Com isso, aumenta também a incidência de fome e dependência química.

Na contagem do IBGE, ainda há 2 mil pessoas vivem em veículos, como trailers, caminhões, carros e barcos.

A categoria “outros domicílios improvisados”, reunindo todos os domicílios improvisados que não se enquadravam nas categorias anteriores, registrou 27 mil moradores.

O Estado de São Paulo concentra o maior número de moradores para todos os tipos de domicílios improvisados, exceto na categoria veículos, cuja liderança coube ao Amazonas.

A concentração em São Paulo foi especialmente expressiva na categoria “estrutura improvisada em logradouro público, exceto tenda ou barraca” e “estrutura não residencial permanente degradada ou inacabada”, nas quais o Estado registrou, para cada uma, sete mil moradores.

*Com informações do site IstoÉ

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