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Negativa

Juíza nega prisão domiciliar a um dos acusados da morte de Melquisedeque Santos

A defesa de Lucas Lima requereu o benefício sob o argumento de que um dos três filhos do suspeito sofreu acidente doméstico, estando internado por conta de queimaduras

Juíza de direito negou o pedido da defesa do suspeito. Foto: Divulgação/TJ-AM

Manaus (AM) – Acusado pela morte do jovem indígena Melquisedeque Santos, que ocorreu em dezembro de 2021, Lucas Lima teve o pedido de prisão domiciliar negado pela juíza de direito Andrea Jane Silva de Medeiros, no último dia 18 de abril. A defesa do acusado requereu o benefício sob o argumento de que um dos três filhos do suspeito sofreu acidente doméstico, estando internado por conta de queimaduras.

Melquisedeque não reagiu ao assalto, segundo testemunhas. Foto: Reprodução

A Promotoria de Justiça do Ministério Público do Estado do Amazonas (MPE/AM) se manifestou pela manutenção da prisão preventiva e a magistrada relatou, na decisão, um trecho da denúncia, o qual registra que Lucas Lima e outros dois indivíduos anunciaram um assalto a um ônibus, que culminou em quatro patrimônios atingidos e a morte do passageiro Melquisedeque Santos.

“Embora não tenha sido o requerente quem disparou contra a vítima fatal, está claro que ele consorciou-se com pessoas armadas e assumiu o risco do resultado mais gravoso, demonstrando destemor e periculosidade acima da média, estando evidenciado que a prisão se recomenda no caso para garantia da ordem pública, como já anotado em decisões anteriores. Por fim, à luz da certidão de nascimento trazida pela Defesa e dos informes de que seu outro filho acidentou-se, faz-se importante lembrar que o simples fato de ter se tornado pai em recente data não o credencia, automaticamente, para a prisão domiciliar, não estando comprovado nos autos que ele é o único esteio da criança”,

escreveu a magistrada em sua decisão.

Andrea Jane Silva de Medeiros também destacou que os documentos juntados pela polícia quando da representação pela prisão preventiva, “mostram outros envolvimentos em figuras graves, denotando que nem a paternidade da qual pretende se socorrer no momento para se ver livre, foi capaz de afastá-lo da seara delitiva”, conforme trecho da decisão.

Relembre o caso

Melquisedeque Santos do Vale, de 20 anos, estava voltando do trabalho quando foi baleado na cabeça durante um assalto a ônibus da linha 444, no bairro Tarumã, Zona Oeste de Manaus, na noite do dia 16 de dezembro de 2021.

Conforme a polícia, três homens vestidos de gari entraram no coletivo e anunciaram assalto. Eles forçaram o motorista a ir para a Avenida Santos Dumont.

Quando o trio descia do ônibus, um dos homens atirou e a bala atingiu a cabeça do jovem. Ele morreu no local. Testemunhas do crime informaram que Melquisedeque não reagiu ao assalto.

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