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Já no segundo tempo do jogo “ZFM”, a “Jules Rimet” não ficará no Amazonas

Especialista alerta para desafios econômicos e incertezas após o fim dos incentivos fiscais

Por Juarez Baldoino da Costa (*)

“Restará aos amazonenses e aos comprometidos com o território assumirem seu destino…
Não é recomendável esperar por mais uma prorrogação do “jogo”.

No jogo do futebol “ZFM”, composto de duas metades de 53 anos cada, o primeiro tempo terminou em 2020 com vitória indiscutível do povo brasileiro, o grande beneficiário dos incentivos fiscais que diminuem a pesada carga tributária do país.

No segundo tempo dos 53 anos finais iniciado em 2021, o jogo progride, e com o aniversário de 28/02 último faltam agora apenas 48 anos para o seu término, e o povo continua vencendo.

Mas, a taça de campeão, equivalente à Jules Rimet do tricampeonato de 1970, não ficará no Amazonas, e deverá ser transferida aos pedaços para os diversos locais nos quais se distribuirão as várias industrias hoje estabelecidas no PIM com seus empregos e sua dinamização econômica, e que têm construído a vitoriosa campanha definida pelo DL 288/67.

O jogo vai continuar pelo Brasil a partir de 2073, mas a perda para a tributação não será evitada e o custo dos produtos deverá se elevar em torno de 30% em média com a eliminação dos incentivos fiscais, pesando no bolso dos consumidores. Um retrocesso social.
O dinheiro será entregue à conhecida, ineficiente e perdulária máquina dos governos.

Para o Amazonas, já se passaram os 45 minutos do primeiro tempo e já entrando no segundo tempo, ainda falta construir um outro time para um outro campeonato ainda sem nome, apelidado por enquanto de “alternativas econômicas”.

Com as sucessivas eleições a cada 2 anos no país, mais os períodos pré-eleitorais, a agenda para o pensamento coletivo do estado fica reduzida, sendo suplantada pelos interesses pessoais dos envolvidos nas campanhas, uma característica que a maioria dos eleitores brasileiros não soube mudar.

Este formato em parte parece que justifica, no caso do Amazonas, porque ainda não se sabe qual o nome do próximo jogo, nem se haverá estádio e qual o tipo de estádio, e quais serão seus jogadores.

O PIM não vai tratar desta questão por ser formado em sua maioria por outsiders internacionais, e os operadores deste PIM deverão acompanhar seus respectivos próximos destinos onde vierem ocorrer.

Restará aos amazonenses e aos comprometidos com o território assumirem seu destino, e este destino não está claro e não é mensurável.
Falta o projeto, e não parece haver nada em elaboração concreta ainda.

Não é recomendável esperar por mais uma prorrogação do “jogo”.

(*) Amazonólogo, MSc em Sociedade e Cultura da Amazônia – UFAM, Economista, Contabilista, Professor de Pós-Graduação e Consultor de empresas especializado em ZFM.

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