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Ucrânia aceita proposta dos EUA para cessar-fogo de 30 dias

Governo dos EUA levará a proposta à Rússia; trégua pode ser estendida por acordo mútuo

Príncipe herdeiro saudita Mohammed bin Salman acompanha presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensk
Príncipe herdeiro saudita Mohammed bin Salman acompanha presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensk. Foto: Agência de Imprensa Saudita/AFP

A Ucrânia aceitou uma proposta dos Estados Unidos para um cessar-fogo de 30 dias, como parte de um esforço para restaurar a paz após a invasão russa. O anúncio foi feito nesta terça-feira (11) em uma declaração conjunta dos governos dos EUA e da Ucrânia.

O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, afirmou que apresentará a proposta à Rússia, destacando que a decisão agora depende de Moscou.

Além da trégua, os Estados Unidos retomarão o compartilhamento de inteligência com a Ucrânia, uma medida suspensa anteriormente.

Negociações na Arábia Saudita

Autoridades ucranianas e norte-americanas passaram oito horas reunidas a portas fechadas na Arábia Saudita para discutir formas de encerrar a guerra. O encontro ocorreu após a Ucrânia lançar seu maior ataque com drones contra Moscou.

No comunicado conjunto, os dois países afirmam que o cessar-fogo pode ser prorrogado por acordo mútuo, caso a Rússia aceite e implemente os termos da trégua.

“Os Estados Unidos comunicarão à Rússia que a reciprocidade russa é a chave para alcançar a paz”, diz o comunicado.

Os dois governos também concordaram em acelerar um acordo sobre o desenvolvimento de minerais críticos na Ucrânia. As negociações estavam paralisadas desde a reunião entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, na semana passada.

Maior ataque de drones contra Moscou

Na madrugada desta terça-feira (11), a Ucrânia lançou um ataque sem precedentes com drones contra Moscou, resultando na morte de duas pessoas e no fechamento temporário dos quatro principais aeroportos da cidade.

Segundo a agência Reuters, a defesa aérea russa interceptou 337 drones em diferentes regiões do país, sendo 91 deles na área de Moscou. O prefeito da capital, Sergei Sobyanin, alertou sobre a gravidade do ataque e confirmou que 18 pessoas ficaram feridas, incluindo três crianças.

“O maior ataque de drones inimigos em Moscou foi repelido”, escreveu Sobyanin no Telegram, segundo o The Moscow Times.

O governador da região, Andrei Vorobyov, compartilhou imagens de prédios residenciais danificados, mas afirmou que não houve pânico entre os moradores.

O coronel-general Andrei Kartapolov, da comissão de defesa do parlamento russo, sugeriu uma resposta militar com o uso do míssil hipersônico “Oreshnik”, mas destacou que a decisão final cabe ao presidente Vladimir Putin.

“Acho que seria útil, e não apenas uma vez”, declarou Kartapolov sobre uma possível retaliação.

(*) Com informações de Terra e A Referência

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LS

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