A Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Amazonas (Adaf) comunica aos avicultores do estado que, em todo o País, estão suspensas a realização de exposições, torneios, feiras e outros eventos com aglomeração de aves, além da criação de aves ao ar livre, sem telas na parte superior dos piquetes. As medidas constam na Portaria nº 782, publicada ontem (27) no Diário Oficial da União (DOU). No entanto, as restrições não se aplicam a criadores de subsistência.
De acordo com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), as proibições visam prevenir o risco de ingresso e disseminação da influenza aviária de alta patogenicidade na avicultura comercial. O risco iminente da doença no território nacional ocorre devido a novos focos identificados na América do Sul.
Segundo a legislação, os eventos agropecuários com aglomeração de aves só poderão ser realizados mediante autorização do Serviço Veterinário Estadual. Para a obtenção dessa autorização, será necessária a avaliação da situação epidemiológica local e a apresentação de um plano de biosseguridade, elaborado pelos organizadores do evento, com medidas de prevenção e controle para mitigar os riscos da doença.
A criação de aves ao ar livre está proibida, abrangendo aves de produção, ornamentais, passeriformes, aves silvestres ou exóticas em cativeiro e outras aves criadas para finalidades diversas. A Portaria nº 782/2025 tem validade de 180 dias e pode ser prorrogada pela Secretaria de Defesa Agropecuária do Mapa.
Medidas de prevenção e controle
Para preservar o status sanitário do Brasil, maior exportador de carne de frango do mundo, a Adaf orienta os avicultores a reduzir a visitação de pessoas externas à produção, manter telas e cercas em boas condições, controlar a qualidade da água e evitar o acesso de aves silvestres, especialmente aquelas que migram do Hemisfério Norte, que podem introduzir a doença no Estado.
A Influenza Aviária de Alta Patogenicidade, causada por um vírus altamente contagioso, tem impacto severo na avicultura. A doença pode causar sintomas como tosse, espirros, secreção ocular e nasal, diarreia, desidratação, apatia, falta de coordenação motora, perda de apetite, inchaços na cabeça e pescoço, hemorragias nas pernas, queda drástica na produção de ovos e aumento repentino na mortalidade das aves.
Caso esses sintomas sejam identificados, não é recomendável recolher as aves doentes ou mortas. Deve-se isolar a área e notificar a suspeita à Adaf pelo telefone (92) 99255-5409 ou através do Sistema Brasileiro de Vigilância e Emergências Veterinárias (e-Sisbravet), disponível no site da agência (adaf.am.gov.br).
Leia mais
Adaf apreende 85 quilos de queijo clandestino em Tefé e alerta sobre riscos à saúde
Para ficar por dentro de outras notícias e receber conteúdo exclusivo do portal EM TEMPO, acesse nosso canal no WhatsApp. Clique aqui e junte-se a nós! 🚀📱