O Conselho de Desenvolvimento do Estado do Amazonas (Codam) analisará, na próxima segunda-feira (14), R$ 1,4 bilhão em novos investimentos para o Polo Industrial de Manaus (PIM).
A 313ª Reunião Ordinária do Codam será realizada às 10h, no auditório Arivaldo Silveira Fontes, no Senai, Distrito Industrial de Manaus, e votará 47 projetos industriais com potencial de gerar 1,6 mil postos de trabalho diretos no estado.
Os investimentos contemplam diferentes setores da indústria, com destaque para eletroeletrônicos, duas rodas, bens de informática, termoplásticos, entre outros, ampliando a diversificação produtiva no modelo Zona Franca de Manaus.
O Codam é composto por representantes do setor público, da iniciativa privada e da sociedade civil, sendo o principal fórum de deliberação sobre projetos industriais que pretendem obter incentivos fiscais estaduais.
Em entrevista, o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação, Serafim Corrêa, destacou que os números são os melhores já registrados para o mês de abril. “É o melhor número das reuniões do Codam em abril de todos os tempos”, afirmou.
O secretário explicou que a permanência dos incentivos fiscais da Zona Franca de Manaus (ZFM) é o principal motivo para esse crescimento. Ele também atribuiu o aumento à regularidade das reuniões do conselho. “Além disso, a regularidade das reuniões dos órgãos que concedem os incentivos, como o Codam e o CAS. Seis reuniões, nos meses pares, durante o ano. Isso passa segurança ao empresariado”, afirmou Serafim.
O superintendente da Suframa, Bosco Saraiva, também em entrevista ressaltou a importância da segurança jurídica trazida pela Reforma Tributária para impulsionar novos projetos no CAS e no Codam. “Isso é o resultado da segurança jurídica que a reforma tributária nos deu. A resposta está sendo grandiosa, porque agora nós temos a certeza dos investimentos e está se refletindo na implantação de novas empresas e novos projetos”, disse.
Bosco destacou que os investimentos continuam sendo impulsionados, principalmente, pelos polos de informática e de duas rodas, que seguem se sobressaindo entre os setores.

Primeira reunião
Em fevereiro, o Codam aprovou 42 projetos industriais que totalizam R$ 1,56 bilhão em investimentos para o Polo Industrial de Manaus (PIM). As aprovações ocorreram durante a 312ª reunião ordinária do colegiado, realizada no auditório do Senai, no bairro Distrito Industrial, Zona Sul da capital amazonense.
Dos projetos aprovados, 14 são voltados à implantação de novas indústrias no modelo Zona Franca de Manaus (ZFM). Os demais 28 têm como foco a diversificação das atividades de empresas já instaladas no polo, com o objetivo de ampliar a capacidade produtiva e fortalecer a economia local.
Além da análise e votação dos projetos, a reunião também discutiu os impactos econômicos dos investimentos no estado e a importância da ampliação da produção industrial para o desenvolvimento da região.
Durante o encontro, os participantes acompanharam a exposição de um protótipo da urna eletrônica, idealizado por pesquisadores da antiga Universidade do Amazonas (Utam), atualmente Universidade do Estado do Amazonas (UEA). Os responsáveis pela inovação receberam uma homenagem em reconhecimento à contribuição científica e tecnológica para o estado.
PIM
O Polo Industrial de Manaus (PIM) encerrou o ano de 2024 com um faturamento de US$ 37,5 bilhões, registrando um crescimento de 6,4% em comparação ao mesmo período de 2023, quando o montante foi de US$ 35,2 bilhões. Os dados foram divulgados pela Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa).
O setor de bens de informática liderou o desempenho industrial, sendo responsável por 23,03% do faturamento total do polo. Em seguida, aparecem os segmentos eletroeletrônico (18,01%), duas rodas (17,89%) e termoplástico (14,78%). Os setores metalúrgico, químico e outros contribuíram com 9,89%, 8,83% e 7,56%, respectivamente.
Entre os principais produtos fabricados no PIM em 2024 estão motocicletas, que representam 14,7% da produção, televisores (11,5%), celulares (7,2%), placas e componentes eletrônicos (6,9%), aparelhos de ar-condicionado (6,1%) e garrafas e embalagens de vidro (5,9%).
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