Foi numa terça-feira qualquer que Wolverine, o mais velho da turma aqui de casa, foi ao veterinário para o seu check-up anual. Nenhum sinal de problema aparente, só aquela visita preventiva para garantir que tudo segue bem.
Mas foi nesse contexto tranquilo que o assunto “doença renal” voltou à minha cabeça — uma condição comum em gatos, especialmente os mais maduros, e que merece a nossa atenção.
Você já ouviu falar em Doença Renal Crônica (DRC)? Ela é uma das enfermidades mais frequentes em felinos, principalmente após os 7 anos de idade. Os rins vão perdendo, aos poucos, a capacidade de filtrar o sangue e eliminar toxinas, e os sintomas só aparecem quando a situação já está avançada. Isso significa que muitos tutores só descobrem quando a doença já está causando bastante impacto.
A grande sacada é o diagnóstico precoce. Por isso, exames de sangue e urina regulares são essenciais. Eles ajudam a monitorar os níveis de ureia, creatinina, densidade urinária e o chamado SDMA — um marcador sensível que detecta alterações renais antes mesmo dos sintomas surgirem. No caso do Wolverine, todos os resultados vieram dentro do esperado, o que me deixou com o coração em paz (e ele com petiscos extra).
Entre os sinais de alerta que merecem nossa atenção estão o aumento da sede e da urina, perda de peso, vômito, mau hálito e apatia. Mas é importante lembrar: esses sinais são discretos e aparecem tardiamente. Por isso, nunca subestime o poder de um check-up de rotina. Quando detectada cedo, a doença pode ser controlada com alimentação específica, hidratação constante e medicações indicadas pelo veterinário.
Gatos não são fãs de beber água, e isso não ajuda em nada os rins. Aqui em casa, a fonte de água corrente foi um divisor de águas — literalmente. Wolverine adora beber direto do jatinho, a Grey acha divertido e a Tempestade… bem, ela só bebe se for em um copo misteriosamente esquecido no criado-mudo. Cada um com suas manias, mas todos hidratados.
A alimentação também é parte fundamental da prevenção. Rações úmidas e dietas formuladas especialmente para suporte renal ajudam bastante. E nada de dar petiscos ou alimentos humanos sem saber se são seguros — muitos ingredientes podem sobrecarregar os rins sem que a gente perceba.
Falar sobre doença não precisa ser um peso, principalmente quando o foco está na prevenção. Wolverine continua saudável, roncando depois do café da manhã e aproveitando a vida com sabedoria felina. E eu sigo com a certeza de que cuidar é um ato de amor que começa antes mesmo de qualquer sinal de que algo não vai bem. Porque nossos gatos merecem viver muitos e muitos carnavais ao nosso lado — com saúde, tranquilidade e muito carinho.
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