A restituição do Imposto de Renda deve ajudar milhões de brasileiros a reorganizar as finanças em 2025. De acordo com pesquisa encomendada pela Serasa ao Instituto Opinion Box, 67% dos contribuintes pretendem usar o valor devolvido pelo Fisco para quitar dívidas, pagar contas básicas ou resolver despesas inesperadas.
O levantamento, que ouviu 1.973 consumidores de todas as regiões do país, aponta um aumento significativo no uso da restituição para esse fim. Em anos anteriores, apenas 45% dos entrevistados informaram ter usado o recurso para pagar pendências financeiras.
Maioria destina restituição a compromissos financeiros
Segundo o estudo, 25% dos entrevistados afirmaram que vão usar o valor para quitar dívidas. Outros 23% vão pagar contas básicas, como água, luz e alimentação, e 11% pretendem usar a restituição para cobrir despesas inesperadas. Além disso, 8% dos contribuintes afirmaram que esperam limpar o nome com o valor recebido.
Apenas uma minoria conseguirá direcionar o recurso para planejamento de médio e longo prazo: 16% planejam poupar a quantia e 14% vão investir.
Restituição começa a ser paga em 30 de maio
Apesar de o prazo para entrega da declaração do Imposto de Renda se estender até 30 de maio, o calendário de restituição já começa nesta mesma data. O primeiro lote será pago aos contribuintes com prioridade legal: idosos com mais de 60 anos, pessoas com deficiência ou doença grave e professores que enviaram a declaração com antecedência.
Destinos diversos para o valor da restituição
A pesquisa também mostrou que 7% dos contribuintes pretendem usar a devolução do IR para cuidados com a saúde. Outros 6% vão direcionar o valor para compras ou viagens. Há ainda 3% que investirão na reforma do imóvel e 2% que utilizarão a quantia em um negócio próprio.
Especialista orienta planejamento desde o início do ano
Para o especialista em educação financeira da Serasa, Thiago Ramos, o Imposto de Renda deve fazer parte do planejamento fixo do consumidor. Segundo ele, mais do que uma obrigação legal, o IR pode ser uma oportunidade de reorganização financeira.
“O ideal é que o contribuinte se prepare desde o início do ano, guardando comprovantes e acompanhando as mudanças nas regras, por exemplo. Esses cuidados não só facilitam o processo, como também permitem inclusive aproveitar melhor uma eventual restituição – seja para sair do vermelho ou para começar uma reserva financeira”, explica Ramos.
(*) Com informações da assessoria
