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liberdade

Em nome do Espírito Santo!

“A paz esteja convosco... E, depois de ter dito isso, soprou sobre eles e disse: ‘Recebei o Espírito Santo” (Jo 20,19-23)

Foto: Reprodução

As portas fechadas, tomados pelo medo, sem liberdade, Jesus se manifesta e sopra sobre os discípulos: “Recebei o Espírito Santo”. Os Atos dos Apóstolos afirmam que não apenas um sopro suave, mas como vento impetuoso. E o vento impetuoso enche a casa onde estavam sentados. É o Espírito que irrompe no meio do mundo do medo e recria o mundo que habitam. O Espírito renova a face da terra do medo, da terra do fechamento: liberdade!

Quando o Espírito se manifesta na finitude humana, na casa, no mundo do medo, as línguas de fogo pousam sobre cada um e eles falam em outras línguas. Quando o Espírito rompe o mundo do medo, liberta e cria a casa, o mundo do amor e todos falam a língua onde todas as línguas são compreensíveis. A palavra se torna audível nas suas mais diferentes formas e sons e expressões.

A língua de fogo, aquele fogo, não queimou, no dizer de um autor antigo, mas acendeu vida nova, nova existência; gerou corações novos cheios de palavras benditas. Cumpriu-se neles quanto foi profetizado nos tempos antigos: Não existe narrativa, não existe linguagem de que não se ouça o som. É o Espírito que fala em todas as línguas e todas as línguas expressam o mesmo Espírito. Então o vento forte não rompeu, não destruiu a casa, mas a vivificou, a transformou e nela se fala a linguagem de um único e mesmo Espírito. É o mesmo Espírito que fala em todas as línguas, povos e nações. (Santo Agostinho, Discurso 269, Pentecostes)

Quanta grandeza, quanta nobreza, quanta fineza, quanta força, quanta suavidade, quanto fogo, quanta luz, quanto aquecer e refrigério que o Senhor gratuitamente doa a seus filhos e filhas. Um convite à abertura de alma, com o desejo humilde: que o Espírito crie novo mundo, novo céu, e presenteie o espírito que renova a nossa humanidade.

Na graça do Espírito Santo nós lemos e vemos pertencentes ao Pai e ao Filho. Como sopro do Espírito, redimidos em Cristo Jesus, nos apercebemos pertencentes à Trindade, nos movemos na Trindade, vivemos na Trindade. Por isso, iniciamos as nossas orações: Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. E quando desejamos agradecer, glorificar a vida, a graça que recebemos de vivermos da Trindade, na Trindade, proclamamos: Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo. A glorificação, a gratidão, por todos os séculos dos séculos, pois vivemos no tempo da Trindade: o AMOR!

Sempre estamos a invocar, a suplicar, a bendizer, glorificar, a gratificar o Pai, o Filho, o Espírito Santo. É admirável como a Trindade vive na unicidade do AMOR; convida a participar da Vida amorosa.

Cardeal Leonardo Ulrich Steiner, Arcebispo de Manaus

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