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Conflitos

Conheça as usinas nucleares do Irã atacadas pelos EUA

Trump confirmou que autorizou e executou ataques contra três instalações nucleares no Irã

Foto: Reprodução

Na noite de ontem (21), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou que autorizou e executou ataques contra três instalações nucleares no Irã. Abaixo, veja detalhes sobre os complexos atingidos:

Usina de Fordow

Localizada nos arredores da cidade sagrada de Qom, no centro do Irã, a usina de Fordow opera em instalações subterrâneas escavadas em cinco túneis dentro de uma montanha, a cerca de 90 metros de profundidade. Essa localização torna sua destruição extremamente difícil, já que a estrutura é projetada para resistir a ataques aéreos e está cercada por um rígido sistema de segurança externo.

De acordo com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Fordow tem capacidade para operar até 3.000 centrífugas, embora atualmente funcione com cerca de 2.700. A usina é considerada militarmente estratégica, pois, apesar de menor que Natanz, pode produzir urânio em níveis de pureza superiores.

Especialistas alertam que, ao atingir 60% de pureza, o Irã tecnicamente já teria condições de enriquecer urânio até 90%, o nível necessário para armas nucleares de alto poder destrutivo. As únicas imagens conhecidas da instalação foram capturadas por satélites, revelando estruturas brancas que marcam as entradas da área subterrânea. A construção teve início no começo dos anos 2000 e só foi oficialmente revelada em 2009.

Usina de Natanz

Considerada o “coração” do programa nuclear iraniano, a usina de Natanz está localizada na província de Isfahan, ao sul da capital Teerã. O complexo é dividido em duas partes: uma subterrânea — protegida contra bombardeios — e outra na superfície, que foi severamente danificada em recentes ataques israelenses, segundo o diretor da AIEA, Rafael Grossi.

A seção subterrânea abriga cerca de 16 mil centrífugas, sendo pelo menos 13 mil ativas. Estima-se que o local possa comportar até 50 mil máquinas. Nessa área, o urânio é enriquecido a 5%, um nível ainda considerado baixo para fins militares.

Já a parte superior da usina, embora opere com menos de mil centrífugas, tem capacidade para atingir até 60% de pureza no enriquecimento do minério. Diferentemente de Fordow, Natanz já foi inspecionada por agências internacionais de segurança como parte do Acordo Nuclear firmado em 2015. No entanto, após a retirada dos EUA do pacto em 2018, as inspeções passaram a ser limitadas.

Usina de Isfahan

O Centro de Tecnologia Nuclear de Isfahan é uma instalação dedicada ao processamento de urânio. Lá, o yellowcake (óxido de urânio) é convertido em tetrafluoreto (UF4) e hexafluoreto de urânio (UF6), compostos utilizados em centrífugas para enriquecimento do material radioativo.

A cidade de Isfahan abriga outras instalações militares estratégicas, como uma base aérea, fábricas de drones e unidades de produção de armamentos. A 8ª Base Aérea Tática, localizada na região, mantém a frota iraniana de caças F-14 Tomcat, adquiridos dos Estados Unidos antes da Revolução Islâmica de 1979.

Apesar de sua importância militar, Isfahan também é um dos grandes centros históricos e culturais do Irã. A cidade preserva monumentos persas de grande valor, como o Templo do Fogo e a Mesquita Shah, sendo considerada um verdadeiro tesouro da arquitetura islâmica.

(*) Com informações do UOL

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