Moradores da comunidade Castanhal, no município de Iranduba (a 27 quilômetros de Manaus), procuraram a reportagem do Portal Em Tempo para denunciar o descaso que enfrentam há anos por conta da falta de uma ponte de madeira que deveria ligar a localidade ao bairro Alto de Nazaré, conhecido como Mutirão. Segundo eles, a obra foi prometida pelo prefeito Augusto Ferraz há mais de quatro anos, mas até hoje não saiu do papel.
De acordo com os comunitários, a ponte é essencial para garantir o acesso entre as duas áreas, especialmente durante o período da estiagem, quando o igarapé seca e a travessia de canoa se torna impossível.
“A gente mesmo improvisa umas tábuas, mas quando chove a água leva tudo. Já estamos cansados de promessas”, desabafou um morador.
Imagens enviadas pelos moradores mostram o local tomado pela lama, com pedaços de madeira soltos sendo usados como improviso para travessia. Eles relatam que tanto o prefeito quanto a Defesa Civil do município já se comprometeram diversas vezes com a construção da ponte, mas nenhuma medida concreta foi tomada.

“Antes diziam que não podiam fazer porque o rio estava cheio; agora, a desculpa é a chuva. Só promessa e nada de obra. Quando é época de eleição, sabem nos procurar; quando precisamos, é só enrolação. Só estamos pedindo uma ponte de madeira. Será que é tão difícil para a prefeitura mandar construir uma ponte?”, questionou o morador.
Procurado pela reportagem, o secretário da Defesa Civil de Iranduba, Wanderson Silva, afirmou que o material necessário para a construção da ponte já está disponível.
“Temos todo o material na Defesa Civil. Falta apenas chegar os parafusos e os carpinteiros terminarem uma outra ponte no Paraná do Iranduba. Assim que concluírem, faremos a do Castanhal. Já está em nosso planejamento”, explicou.
Ainda conforme o secretário, o local está com muita lama por conta das chuvas, o que dificulta os trabalhos. Ele reforçou que a comunidade não está isolada, e que a ponte seria “apenas uma opção para melhorar a saída”.
No entanto, os moradores discordam. Segundo eles, o ramal que também dá acesso à comunidade está em condições precárias, com muitos buracos e sem manutenção adequada. A situação afeta inclusive o transporte escolar, que muitas vezes deixa de entrar na área durante os dias de chuva.
Além da ponte, o ramal é a única saída da comunidade, mas para quem não possui veículo próprio, o percurso de cerca de 2 quilômetros precisa ser feito a pé, tornando-se um desafio diário. Por isso, os moradores cobram urgência na construção da ponte prometida, exigindo do poder público uma solução definitiva para garantir segurança e mobilidade na região.
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