Não sei se você é uma dessas pessoas que assim como eu, ama o mês de dezembro. Há diversos motivos pelo qual dezembro torna-se um mês especial para mim. Comemoro meu aniversário de casamento de quase quarenta anos; por podermos analisar nossa produtividade anual e planejarmos o novo ano que logo se inicia; por celebrarmos o nascimento do salvador da humanidade, Jesus Cristo. E por podermos contemplar e praticar um pouco mais de solidariedade com nosso próximo.
Na vida cristã, a solidariedade é a expressão do amor ao próximo, norteada pelo mandamento bíblico: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo” (Mt 22:39). Ela se traduz em compaixão ativa, serviço e cuidado, especialmente com os mais necessitados. Como evangélico, sei que a solidariedade é um estilo de vida. Não devemos ser solidários somente com a proximidade do Natal. Nossa obrigação (baseada na recomendação bíblica) é que seja constante. Eu acredito nisso, e tenho como foco em todas as minhas ações de trabalho e vida pessoal ao longo do ano.
Em uma sociedade marcada por desafios sociais, a solidariedade deixa de ser apenas um valor moral desejável e passa a se tornar uma necessidade coletiva. É nesse contexto que foi aprovada pela assembleia Legislativa do Amazonas, a Lei de minha autoria que institui dezembro como o Mês da Solidariedade – um marco legal que transcende o simbolismo do calendário e convoca o poder público e a sociedade civil a assumirem um compromisso concreto com o próximo.
A iniciativa legislativa reconhece que a solidariedade não pode ser restrita a gestos isolados ou circunstanciais. Ao contrário, ela precisa ser estimulada, organizada e valorizada como política de consciência social.
Ao transformar a solidariedade em política pública, a lei proposta cumpre um papel pedagógico e institucional. Ela reforça a ideia de que o Estado não deve ser indiferente às dores sociais e que o exercício da cidadania passa pelo cuidado com o outro. Mais do que promover campanhas assistenciais, a lei estimula uma cultura de empatia, corresponsabilidade e participação comunitária.
Ao longo das Ações de Cidadania com Amor e Fé que realizei em 2025, arrecadamos quase 4,5 toneladas de alimentos não-perecíveis que foram doados para famílias em nosso estado. A arrecadação acontece através das inscrições de jovens, adolescentes e adultos que participam dos torneios esportivos que acontecem desde janeiro nesse evento.
É uma ação simples doar um quilo de alimento! Mas ao final de cada torneio temos alimentos para uma família por mais de 30 dias. Mesmo para quem doa um pacote de grãos pode parecer que a inscrição é quase gratuita. Para uma mãe de família que não consegue suprir as necessidades básicas de sua família. É o milagre que lhe foi ofertado.
A solidariedade, quando respaldada pela lei e inspirada pela fé, deixa de ser apenas um ideal abstrato e se converte em ação transformadora. Neste feliz Dezembro de 2025, mais do que um período de gratidão a Deus por inúmeras bênçãos alcançadas, o encerramento de um ano, passa a ser um chamado coletivo: olhar para o outro, estender a mão e reafirmar que uma sociedade justa se constrói com compromisso, compaixão e responsabilidade compartilhada.
Lembre-se, todos nós podemos e devemos ser solidários. Esta atitude não está relacionada com poder aquisitivo, ela está alocada no coração e na forma como enxergamos o outro. Te convido a tentar quantas vezes for necessário, até que este sentimento faça parte se sua vida.

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