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Escândalo da Caixa

Caixa pagou postes para iluminar jardim da mansão de Pedro Guimarães

A instituição financeira alegou que a obra feita em imóvel particular alugado pelo ex-presidente do banco foi para garantir a segurança dele

Brasília (DF) – A mansão que o ex-presidente da Caixa Econômica Federal Pedro Guimarães alugou em Brasília teve obras de melhorias bancadas pelo banco público, com a justificativa de aumentar sua segurança após o recebimento de ameaças on-line.

A obra com verbas da Caixa na mansão de Guimarães, no bairro nobre do Lago Sul, foi feita em julho de 2020 e tratou-se da instalação de postes de iluminação no jardim. 

Com custo aproximado de R$ 50 mil, a instalação foi feita por funcionários da empresa EMIBM Engenharia, que tem contrato com a Caixa para obras e manutenção predial.

Quando as obras foram feitas, o banco operacionalizava o pagamento do Auxílio Emergencial para ajudar a população mais pobre a lidar com a crise do coronavírus e a Polícia Federal investigava uma tentativa de ataque hacker ao presidente da Caixa. De acordo com a apuração da Folha, Guimarães já havia pedido ao banco para construir uma cerca em sua mansão, que fica às margens do Lago Paranoá, mas não foi atendido pela equipe técnica responsável.

O advogado de Pedro Guimarães, José Luis Oliveira Lima, argumentou que “não houve absolutamente nenhuma irregularidade no processo de reparos feitos na casa” ocupada por seu cliente em Brasília.

“A decisão de instalar postes de luz na área externa do imóvel foi tomada pelo setor de segurança da Caixa num período em que o executivo e sua família, incluindo seus filhos, estavam sofrendo ameaças. O custeio dessa iniciativa seguiu todas as regras de governança previstas no estatuto da instituição. Pedro Guimarães, frise-se, sempre pagou com recursos próprios todas as despesas de locação em Brasília, sem fazer uso de verbas da Caixa a título de auxílio moradia”,

diz ainda a nota da defesa.

A Caixa argumentou que “disponibiliza aparatos de segurança pessoal a empregados e dirigentes expostos a situação de risco quanto à sua integridade física, em razão do exercício de suas atribuições” e que as decisões sobre esses custos são feitas “por meio de adequada avaliação do grau de criticidade envolvido e da compatibilidade do instrumental necessário à prevenção de incidentes”. ​

“Vale ressaltar que a medida é prevista nas normas internas, implantada como ação preventiva de proteção, e submetida às esteiras de governança do banco”,

diz ainda a nota do banco.

*Com informações do Metrópoles

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