Repercutiu no jornal norte-americano Washington Post os números de um estudo do Instituto Igarapé que mostrou a extensão da rede do crime organizado no país e como ela articula suas ações na Amazônia a partir de cidades do Sul e do Sudeste.
As ramificações da cadeia criminosa, segundo o estudo, com base em operações da Polícia Federal (PF), envolvem a extração ilegal de madeira e garimpo clandestino em 254 cidades de 24 Estados, incluindo São Paulo. Aponta o estudo que o financiamento para esses negócios espúrios é articulado em outros lugares.
As ações da rede criminosa são vastas e organizadas de forma estratégica, degradando terras públicas e indígenas, em desafio permanente aos serviços de inteligência e de repressão dos órgãos de segurança do país. Sem escrúpulos, os criminosos devastam qualquer área onde exista ouro e outros recursos que lhes rendam lucros fáceis.
O estudo do Instituto Igarapé é parte da série “Mapeando o Crime Ambiental na Amazônia”, que mostra operações da PF em 197 municípios da Amazônia Legal, (75% do total), 57 municípios fora da Amazônia Legal (22%) e oito em cidades de países vizinhos (3%).
A tragédia passa dos limites, denunciando um quadro tétrico em que a falta de fiscalização ostensiva, com a necessária repressão, favorece o cometimento dos delitos ambientais e não ambientais, como crimes financeiros, tributários, corrupção, fraude e crimes violentos. A tragédia, mais do que nunca, exige respostas urgentes.
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