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Estratégias

Parceria público-privada busca evitar prejuízos durante estiagem no Amazonas

Governo do Amazonas alinha medidas de enfrentamento à seca com setor portuário para evitar danos ao bem-estar da população e à atividade econômica

Foto: Divulgação

Manaus (AM) – A parceira entre órgãos públicos do Amazonas e portos privados busca minimizar os impactos da estiagem deste ano, cujos efeitos podem ser sentidos a partir deste mês, segundo dados de monitoramento. Para articular ações para atender o Polo Industrial de Manaus (PIM) e o comércio local, o vice-governador Tadeu de Souza se reuniu ontem com dirigentes do Super Terminais para discutir o projeto de instalação de porto e píer flutuante em Itacoatiara (a 176 quilômetros de Manaus).

Já no primeiro semestre de 2024, a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti) discutiu com o Grupo Chibatão a instalação de outro píer provisório no rio Amazonas, na Enseada do Madeira, para atracação de navios.

Para Tadeu de Souza, a interlocução com o setor privado é fundamental para evitar prejuízos ao bem-estar da população e à atividade econômica.

No encontro, realizado na sede do Super Terminais, no bairro Colônia Oliveira Machado, Zona Sul, o vice-governador apresentou o planejamento e ações estaduais em andamento, desde o início do ano, para reduzir os impactos do período de seca.

“O Governo do Amazonas, na pessoa do governador Wilson Lima, trata o tema estiagem desde o ano passado como se ela não tivesse terminado. Portanto, essa cooperação é primordial e uma demonstração de alinhamento do Estado com a sociedade civil organizada, com o ambiente privado, com os atores que investem na Amazônia a longo prazo”,

apontou o vice-governador.

Por articulação do governador Wilson Lima junto ao Governo Federal, estão em andamento editais para contratação dos serviços de dragagem de trechos dos rios Amazonas e Solimões. Serão investidos R$ 505 milhões em obras para assegurar a capacidade de navegação dos rios, essencial no transporte de pessoas e escoamento de mercadorias.

Além do vice-governador, estiveram na reunião o titular da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti), Serafim Corrêa; o vice-presidente da Federação das Indústrias (Fieam), Nelson Azevedo; o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros), José Jorge Júnior; e o diretor do Super Terminais, Marcello Di Gregorio.

Alternativas

Foto: Divulgação

Durante a reunião, a direção do Super Terminais apresentou um projeto que planeja iniciar, no mês de setembro, em Itacoatiara, com a instalação de um porto e um píer flutuante numa área de 300 mil metros quadrados, de propriedade da empresa, situada na margem esquerda do rio Amazonas.

A operação terá como foco o transbordo de contêineres que atendem ao PIM e ao comércio local. De acordo com o diretor da empresa, a previsão é de funcionamento por 24 horas até dezembro deste ano ou até a normalização do calado (distância da lâmina d’água até a quilha da embarcação) do rio.

“Não estamos poupando recursos para continuar alimentando as fábricas, as linhas de produção da Zona Franca de Manaus. Recebemos o Governo do Estado, hoje, para termos a certeza de que nós não teremos a descontinuidade da logística no Amazonas. E na segunda quinzena de setembro, estaremos em Itacoatiara, prontos para receber os navios e enfrentar essa estiagem”,

disse o diretor.

No primeiro semestre deste ano, a Sedecti discutiu com o Grupo Chibatão a instalação de outro píer provisório no rio Amazonas, na Enseada do Madeira, para atracação de navios. A ideia é eliminar a necessidade de retorno das embarcações por conta do baixo nível das águas, possibilitando o transbordo da carga de navios para balsas.

“É muito importante essa unidade entre a iniciativa privada e o poder público, porque só assim nós poderemos minimizar os efeitos de uma possível estiagem. Ela pode até acontecer, mas acontecendo, as medidas serão tomadas antecipadamente e não teremos a mesma crise que tivemos no ano passado”, afirmou o secretário Serafim Corrêa.

O presidente da Eletros, entidade de classe que representa as 34 maiores indústrias eletroeletrônicas e eletrodomésticas do país, disse que a parceria entre os entes público e privado é vital para evitar que se repita o cenário negativo provocado pela estiagem de 2023, quando a indústria local teve prejuízo calculado em mais de R$ 1 bilhão.

“O importante é ver essa mobilização do poder público com o Super Terminais, visando fazer com que a gente não tenha interrupção de atividades. O nosso setor sentiu muito o que aconteceu no ano passado. Agradeço ao Governo do Estado, em nome do vice-governador Tadeu e do secretário Serafim, por todo o esforço para preservar os investimentos e os empregos do PIM”, argumentou José Jorge Júnior.

*Com informações da assessoria

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