Quando recebeu o convite para assumir uma das maiores Unidades de Saúde do Estado do Amazonas, em meados de novembro de 2019, o fisioterapeuta Ráiner Figueiredo não imaginava que enfrentaria um enorme desafio profissional.
Em meio ao início de uma pandemia mundial, o profissional, do interior do Amazonas, e com 28 anos de idade, destacou-se como gestor da Policlínica Codajás, do governo do Estado, que atende a uma média de 300 mil pessoas por ano.
Ao Em Tempo ele falou sobre a gestão e responsabilidades do cargo, à frente da unidade de saúde, essencial para a comunidade manauara.
EM TEMPO: Como é o desafio de gerir uma das maiores policlínicas do estado do Amazonas?
RÁINER FIGUEREDO: É uma missão. Todos os dias recebemos pessoas, demandas, pedidos, reuniões, problemas em que procuramos resolver da melhor forma possível com empatia, profissionalismo e responsabilidade. A missão do Governo do Estado é essa, transformar vidas e melhorar a qualidade de vida das pessoas, olhando de fora para dentro. Resiliência virou uma palavra de ordem, que tenho praticado muito bem.
EM TEMPO: Após dois anos de gestão, o que o senhor considera que mudou na direção da Unidade?
RÁINER FIGUEIREDO: Cuidar de vidas humanas é uma responsabilidade muito grande. Sempre tive a preocupação com o bem-estar das pessoas e quando recebi este convite, decidi aumentar meu grau de compromisso. Na época, não somente com as pessoas que me rodeiam, amigos e familiares, mas também com todos que precisam de um SUS mais humanizado. Tivemos mudanças significativas, que vão de equipamentos a novos especialistas e espaços revitalizados. Para citar alguns, construímos um jardim sensorial, em um espaço que estava abandonado. Serve para que os nossos fisioterapeutas possam fazer suas atividades com pacientes, bem como outros pacientes atendidos pelo Centro Especializado em Reabilitação. O espaço também se destina ao descanso para os funcionários, após o almoço. Além disso, fizemos um banheiro adaptado e exclusivo para pacientes que nos visitam para receber bolsas de estomia. Também realizamos a reforma dos setores: Saúde Mental, Serviço em Triagem Neonatal, Auditório, Imagenologia, programa Pé Diabético. Nesse tempo, recebemos novos profissionais, como por exemplo, no setor de ortopedia, para atender à população, com equipamentos especiais.
EM TEMPO: Antigamente a Policlínica Codajás se chamava “Pam da Codajás” e é lembrada pelas enormes filas na Avenida Codajás, em busca de consultas. Como está essa situação nos dias atuais?
RÁINER FIGUEIREDO: As filas de madrugada acabaram. Desde 2018, quando tudo passou a ser informatizado, usamos o Sistema de Regulação (Sisreg) e passamos a trabalhar por agendamento. O paciente procura o clínico geral da Unidade Básica de Saúde, relata o problema de saúde, então o médico o encaminha para o especialista e com um documento, o paciente pode se inserir na casinha, e acompanhar a autorização no site do Sisreg, para ser atendido por um especialista da Policlínica.
EM TEMPO: E em relação a situação dos servidores, como está a situação?
RÁINER FIGUEIREDO: Buscamos dar a eles um ambiente de trabalho humanizado e confortável, para melhor atender as consultas. Incentivamos cursos, que são realizados em nosso auditório. Em 2021, realizamos ao final de cada mês uma espécie de encontro dos funcionários com um momento para relaxamento, pós trabalho com musicoterapia, consultas, chás e entre outros. Também inauguramos ano passado, um refeitório, para que eles pudessem ter um espaço digno para as refeições e pequenas confraternizações. Além disso, eles tem à disposição o Núcleo de Assistência à Saúde do Servidor (NASS), onde receberam em 2021, atendimento psicológico, clínico geral, fisioterápico e muito mais.
EM TEMPO: O que a população pode esperar de novidade na Policlínica Codajás para 2022?
RÁINER FIGUEIREDO: Em março faremos a inauguração do novo Centro Especializado em Reabilitação (CER III), com novas salas, equipamentos, para atender a pacientes aditivos, físicos e visuais. Com apoio do Governo do Amazonas, Secretaria de Estado de Saúde e Secretaria de Infraestrutura, esta obra terá um marco importante, já que o setor não recebe uma reforma há três décadas. Além disso, estamos em planejamento para futuras ações, que possam melhorar mais a vida de nossos pacientes.
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