O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, é, realmente, o patinho feio do governo Lula. Enquanto seus irmãos filhotes de pato se bicam por cargos e espaço no atual processo de aparelhamento do Estado brasileiro, citam números absurdos em eventos internacionais, afugentam a Uber do País, e mesmo o papai pato quer acabar com a autonomia do Banco Central, Alckmin se move de maneira discreta e elegante, como cisne que é, mesmo que finja não saber.
As patacoadas do atual governo começaram antes de Lula receber a faixa, com a maior equipe de transição já vista no País. Nesses quase 40 dias de governo, apenas para lembrar alguns casos, o Brasil viu ministra falando para o mundo que 120 milhões de pessoas passam fome no País, Gleise Hoffman fora do governo e em possível choque com Janja, o caso do Alvorada, a disputa por cargos entre os ministros da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário, milhões de Reais para Cláudia Raia e Disney, Lula contra Marina no caso do porta-aviões São Paulo, Lula contra o Banco Central, a contragosto de Haddad e Haddad boicotando posse de Mercadante no BNDES.
Enquanto isso, Alckmin, como a maioria dos vices, sai um pouco de cena e segue articulando a reforma tributária (atenção, Amazonas!). Talvez o cisne esteja quieto, esperando que seu novo amigo Lula tenha o mesmo fim do Pato Pateta da música de Toquinho “tantas fez o moço, que foi pra panela”.
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