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Caso Camila

Deputada cobra pena máxima para policial militar suspeito de feminicídio em Manaus

De acordo com a parlamentar, há a possibilidade da cena do crime ter sido alterada

Manaus (AM) – A Procuradora Especial da Mulher da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), deputada estadual Alessandra Campelo (Podemos), se manifestou sobre o feminicídio de Camila Vitória Frithz da Silva, de 27 anos, morta com um tiro na cabeça, e disse esperar que o autor do crime seja exemplarmente punido.

O caso ocorreu no último sábado (04), em um condomínio no bairro Lago Azul, Zona Norte de Manaus. O principal suspeito do crime é o soldado da PM Olímpio Gomes Maia. De acordo com informações divulgadas pela imprensa, o policial militar não aceitava o fim do relacionamento com a jovem, e ao chegar em casa, matou a mulher. O casal tinha um filho de quatro anos.

O PM foi preso em flagrante na madrugada de sábado e encaminhado ao 6° Distrito Integrado de Polícia.

“Esse homem matou a mulher com um tiro na cabeça. Tem mensagens de Whatsapp dela pedindo socorro de uma amiga, ela gritou por socorro também lá no condomínio, mas não acionaram a polícia porque, segundo os moradores, muitas vezes se chamava a polícia e não dava em nada”, disse a deputada, que esteve no velório da vítima na manhã de domingo (05).

A Procuradora da Mulher lamentou que, antes de ser levado à delegacia por colegas de farda que o escoltaram, o suspeito do crime ainda tomou banho no apartamento do casal. Para Alessandra, a cena do crime pode ter sido mexida. A deputada revelou também que, no 6° DIP, o policial teria feito um boletim de ocorrência registrando o “suicídio” da ex-companheira.

“A cena do crime foi mexida, ele tomou banho antes de ir para a delegacia. E mais: na delegacia ele fez registro de ocorrência de suicídio. Quem vai se suicidar não manda mensagem pedindo socorro dizendo que está com medo de morrer e nem grita pedindo socorro. Ela vinha de um histórico de agressões de muitos anos. Se a Justiça for feita, esse homem vai apodrecer na cadeia. Eu espero que ele seja exemplarmente punido”, enfatizou a deputada.

Mais dois casos

A deputada Alessandra Campelo denunciou ainda mais dois casos envolvendo policiais militares. Em Eirunepé, um sargento da PM identificado por Damásio aparece em vídeos agredindo uma mulher, quebrando garrafas e ameaçando clientes num bar. A parlamentar disse que vai solicitar ao Comando da PM a remoção do policial do município, além de informar que vai cobrar investigação da Polícia Civil sobre a ocorrência.

Em Manacapuru, a denúncia é contra um policial militar identificado como Eliedson Silva. Ele teria agredido a esposa e atirado contra a casa de uma vizinha. A Procuradora da Mulher da ALEAM também pedirá a remoção, além de investigação para apurar a responsabilidade criminal do suspeito.

“Eu acho um absurdo que, infelizmente, dentro da Polícia Militar há casos de acobertamento de homens que agridem mulheres. Eles têm que ser exemplo ou então escolher outra profissão. Quando se opta pela farda, você tem que honrar a PM e honrar a população”, concluiu a deputada.

*Com informações da assessoria

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