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Editorial

A guerra química e biológica

Americanos e ucranianos se apressaram para refutar a manifestação da ministra russa

Divulgação

Não é só a possibilidade do uso de bombas nucleares que assusta o mundo com o prolongamento do conflito envolvendo Rússia e Ucrânia no Leste Europeu. Também a possibilidade do recurso a armas químicas e biológicas está tirando o sono da humanidade, como demonstrou há dias a ministra das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, que pediu explicações dos Estados Unidos sobre o apoio a laboratórios ucranianos que estariam desenvolvendo armas químicas e biológicas.

Americanos e ucranianos se apressaram para refutar a manifestação da ministra russa. Principalmente a Casa Branca se esforçou para minimizar a repercussão negativa da fala de Zakharova e deu o troco ao chamar a atenção para o perigo da usina de Chernobyl sob controle russo.

A guerra de acusações midiáticas, contudo, deixou a opinião pública internacional apreensiva dada a tragédia que seria o desenvolvimento de armas químicas para uso no conflito entre russos e ucranianos. Afinal, o mundo inteiro conhece a dimensão dos estragos feitos pelos EUA consequentes de armas químicas na guerra contra o Iraque em 1991.

Segundo dados da Organização para a Proibição de Armas Químicas (Opaq), mais de 100 mil pessoas morreram e 1 milhão ficaram feridas na 1ª Guerra Mundial vítimas dos armamentos químicos, que hoje são muito mais letais.

A Opaq não se cansa de promover campanhas pelo desarmamento químico, já tendo, inclusive, arrebatado o Prêmio Nobel da Paz em 2013 por sua luta em prol da segurança e do multilateralismo. Que a Opaq insista e tenha sucesso em sua luta, para o bem da humanidade.

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