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investigação

Três são presos por contaminação que matou peixes em lago e polícia responsabiliza empresas

Além da prisão de suspeitos, duas empresas foram autuadas e multadas em mais de R$ 1 milhão

Empresas lançavam efluentes líquidos não tratados no meio ambiente
Empresas lançavam efluentes líquidos não tratados no meio ambiente. Foto: Divulgação

A Operação Água Pura, que buscou identificar os responsáveis pela contaminação do Lago do Aleixo, na Zona Leste de Manaus, prendeu três pessoas pelos crimes de poluição, armazenamento de produtos perigosos e descumprimento de embargo. Neste sábado (25), durante entrevista coletiva na sede da Delegacia Geral, no bairro Dom Pedro, duas empresas foram responsabilizadas pelo crime ambiental.

Além das prisões dos suspeitos, equipes policiais apreenderam três caminhões limpa-fossa e 380 litros de diesel irregular das empresas da região. A delegada Juliana Viga, titular da Delegacia Especializada em Crimes contra o Meio Ambiente e Urbanismo (Dema), informou que as investigações iniciaram após o recebimento de denúncias de poluição hídrica e do solo por parte de empresas que lançavam efluentes líquidos não tratados no meio ambiente.

“Recebemos imagens de diversos peixes mortos e da água com coloração alterada. Fomos informados que algumas empresas responsáveis pelo tratamento de efluentes líquidos de outras grandes empresas não estavam desaguando seus efluentes de forma devida no recurso hídrico”,

explicou a delegada da Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), acrescentando que a prática ocasionou na morte de vários peixes.
Delegada Juliana Viga, titular da Dema, durante coletiva realizada neste sábado (25). Foto: Divulgação

A partir dessa denúncia, a equipe investigativa conseguiu identificar as empresas e se deslocar até o local. Na ocasião, foi solicitado o apoio da Polícia Federal, tanto na parte operacional quanto na perícia, além do Ipaam, órgão responsável pelo licenciamento das empresas.

“Diante desse cenário, montamos a operação e conseguimos chegar às duas empresas. No momento da nossa chegada, presenciamos uma transferência de efluentes líquidos de uma empresa para uma receptora. Identificamos uma irregularidade: os efluentes estavam transbordando e caindo no chão, sem tratamento pela estação. A água, sem tratamento adequado, desaguava no solo e contaminava o recurso hídrico”,

relatou a delegada.

Durante a coletiva, Rodrigo Tacioli, gerente de fiscalização do Ipaam, informou que o órgão entrou com o processo administrativo que é de sua competência. Na ocasião, foram autuadas duas empresas, totalizando multas que ultrapassam R$ 1 milhão. Os locais foram embargados e materiais e documentos também foram apreendidos.

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