Manaus (AM) — O projeto “Um Cortejo de Acalanto” é um espetáculo de dança que será apresentado em duas datas no mês de junho, ocupando praças e quadras públicas das Zonas Leste e Sul da cidade de Manaus. Em contrapartida, às sessões, serão oferecidas duas oficinas gratuitas e abertas ao público.
A primeira apresentação ocorre neste sábado (8), às 17h, na Praça Antônio Aleixo (Avenida Getúlio Vargas). Já a oficina de dança será realizada no domingo, dia 9, às 16h, na quadra Nossa Senhora das Graças, Aleixo, localizada nas proximidades da praça. A primeira edição conta com o apoio do Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan).
Já a segunda exibição do espetáculo está marcada para as 17h do sábado seguinte, dia 15 de junho, ocupando a Praça Guanabara (entre as ruas Travessa Marselha e Guanabara, bairro Santa Luzia). Ao lado do local, fica a Escola Municipal José Tavares. A oficina será realizada na quadra da instituição e acontece no domingo, dia 16, às 16h.
A iniciativa foi contemplada pela Lei Paulo Gustavo (Lei Complementar n.º 07/2023), que representa o maior investimento direto já realizado no setor cultural do Brasil e destina verba para a execução de ações e projetos culturais em todo o território nacional.
A obra busca provocar reflexões acerca das relações pessoais estabelecidas, os afetos e o cuidado com as outras pessoas, e convida o público a desacelerar e se deixar envolver pela dinâmica dos estímulos provocados pelos artistas, como toques, movimentos e abraços.
Oficinas
Para a participação nas oficinas, serão distribuídas 15 senhas logo após o término dos respectivos espetáculos e mais 15 no local da oficina 30 minutos de antecedência do início da atividade. A participação é totalmente gratuita e sem restrição de gênero ou idade.
Importância
Para a produtora executiva do projeto, Tainá Andes, chamar a atenção do público para a importância das trocas e do acolhimento se torna latente diante do contexto conturbado que a sociedade está inserida, dentro dos aspectos políticos, ambientais e sociais, além de um cenário pós-pandêmico.
“O projeto traz como impacto positivo a possibilidade de aproximação com o público ali presente, envolvendo-o na cena construída. Por acontecer em um espaço público e aberto, consegue alcançar pessoas que estejam de passagem por ali, tendo em vista que muitas vezes essas informações só chegam em determinados núcleos que já acessam e consomem esse tipo de trabalho artístico”,
declarou Tainá.
“A intervenção-urbana é instigante justamente por acontecer na rua, e em locais públicos do dia a dia que não sejam a “caixa preta de teatro”. Estrear uma obra como essa no Colônia Antônio Aleixo, por exemplo, é sem dúvidas uma resistência nossa em busca de continuar descentralizando a arte e, nesse caso, potencializar o acolhimento nesse bairro histórico de Manaus, que foi fundado sob a crítica exclusão de pessoas diagnosticadas com hanseníase”, pontuou a produtora.
*Com informações da assessoria
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