Com 339,9 pontos, o boi-bumbá Corre Campo consagrou-se heptacampeão do 66º Festival Folclórico do Amazonas. Agora campeão por sete anos consecutivos, o boi do bairro da Cachoeirinha saiu em busca do título com o tema “O meu canto é livre!”. Conhecido como “boi do mapa”, o Corre Campo é o grupo folclórico mais antigo em atividade em Manaus, com 82 anos.
A apuração das notas foi concluída na noite desta segunda-feira (29/07), no Sambódromo de Manaus, onde se reuniram torcedores, presidentes das agremiações e imprensa para acompanhar e conhecer o resultado.
Ao agradecer ao Governo do Amazonas e à Secretaria de Cultura e Economia Criativa pela realização do festival, o presidente do Corre Campo, Alvacir Siqueira, lembrou que está se despedindo da presidência do bumbá com mais uma vitória.
“No meu último ano como presidente do boi-bumbá, eu saio com nove títulos, como o maior presidente do Corre Campo, sete títulos consecutivos e um bicampeonato, em 1994 e 1995. “Quero agradecer aqui aos meus pares, nas pessoas da organização de todos os bois: Brilhante, Garanhão, Clamor de um Povo, Tira Prosa e Galante. A nossa unificação foi o primeiro passo”, agradeceu o presidente.
Criado em 1982, no bairro da Praça 14 de Janeiro, o boi-bumbá Brilhante levou o troféu de vice-campeão, com 339,3 pontos. A temática da apresentação do grupo foi “Esporas Etos Ancestral”, com as cores azul brilhante, verde neon, laranja e dourado nas indumentárias.
O Boi Garanhão, do bairro do Educandos, ficou em terceiro lugar com 338,8 pontos. Defendeu o tema “Boi Garanhão 2024 – O verde que abraça a esperança”. Fundado em 1991, o bumbá levou o bônus do troféu de Melhor Galera do Festival, uma novidade da edição 2024 da disputa dos Bois de Manaus.
A presidente Altelia Ribeiro, muito emocionada, falou sobre a conquista do título de Galera Campeã 2024. “Esse troféu vai para a minha comunidade. E para os demais bumbás movimentarem as suas comunidades, trazer o seu público para prestigiar as suas apresentações. Era algo que a gente sempre questionava: nós não tínhamos um público e fazíamos um festival para nós mesmos e para os jurados”, disse se referindo à nova iniciativa de disputa entre as galeras dos bois.
O boi-bumbá Galante de Manaus ficou em quarto lugar com 337,7 pontos. O boi foi criado em 1993, por um grupo de amigos, no reduto do bairro Zumbi dos Palmares, na zona leste de Manaus.
O bumbá Tira Prosa, que defendeu o tema “Tira Prosa – Folguedo, o legado de um povo!”, obteve 335,5 pontos, ficando em quinto lugar. “Nascido” no bairro de Santa Luzia, o boi representado pelo coração, carrega um legado de 80 anos de tradição.
O boi Clamor de um Povo obteve 333,4 pontos com o tema “Amazônia de encantarias”, ficando em sexto lugar. Fundado por Domingos Matos em 1996, originalmente como um grupo de dança que se apresentava em arraiais e festivais em Manaus, em meados de 2001, o grupo tornou-se tribo e em 2015 ocorreu a última transição para boi-bumbá.
O 66⁰ Festival Folclórico do Amazonas foi uma realização do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa. Para o titular da pasta, secretário Marcos Apolo Muniz, todos os 72 grupos que participaram da disputa, no Centro Cultural dos Povos da Amazônia e no Bumbódromo, estão de parabéns.
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