O presidente Luiz Inácio Lula da Silva em visita ao Amazonas, nesta terça-feira (10), defendeu o diálogo com autoridades para a execução de obras na BR-319. A rodovia é a única estrada que conecta Manaus a Porto Velho e ao restante do país.
O presidente chegou ao Amazonas na noite de segunda-feira (9) e cumpriu agenda em Manaus e outros dois municípios para tratar sobre a seca severa que assola a região.
Em sua primeira parada no município de Manaquiri, Lula defendeu a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. Em 2023, durante a Cúpula da Amazônia, ela afirmou que Amazonas é o terceiro estado que mais desmata no país, e atribuiu isso à rodovia.
“É preciso parar com essa história de achar que a companheira Marina não quer construir a BR-319. Essa BR-319 foi construída nos anos 70. Ela foi abandonada por desleixo não sei de quem, ela ficou sem funcionar e hoje a rodovia tem uma parte para cá que funciona, uma parte para lá que funciona, e no meio são 400 quilômetros, que foram inutilizados”, disse Lula durante discurso aos moradores de Manaquiri.
O ponto citado pelo presidente corresponde ao trecho central da BR-319, também conhecido como “trecho do meio”, que há décadas é alvo de debates quanto aos impactos ambientais que podem ser causados caso as obras de pavimentação e o tráfego de veículos ocorram no local.
Ao lado dos senadores Eduardo Braga (MDB) e Omar Aziz (PSD), e do governador do Amazonas Wilson Lima (União), Lula propôs um diálogo entre políticos e ministros para encontrar soluções às questões.
“Vamos ter que garantir de que nós não vamos permitir o desmatamento e a grilagem de terra próximo da rodovia, como é habitual acontecer nesse país. A gente vai chamar o governador, vamos chamar os vereadores, vamos chamar o ministro dos Transportes, o ministro da Casa Civil, a ministra do Meio Ambiente, vamos chamar quem mais for necessário”, disse o presidente.
Entre os ministros que compõem a comitiva estão Rui Costa, da Casa Civil, José Múcio, da Defesa, e a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, além de Waldez Góes, o ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional.
Em Manaquiri, eles visitaram a comunidade Paraná do Manaquiri, e em Tefé, a comunidade Campo Novo, no rio Curumitá, além de terem realizado um sobrevoo de helicóptero para acompanhar de perto a situação da estiagem e queimada nessas localidades.
Atualmente, todos os municípios do Amazonas encontram-se em situação de emergência, com mais de 340 mil pessoas afetadas pelas consequências da estiagem, de acordo com a Defesa Civil.
Já em relação aos incêndios florestais, o Amazonas teve o pior mês de agosto dos últimos 26 anos, de acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), registrando mais de 10 mil focos.
*Com informações do G1
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