Brasília (DF) – A partir de 1º de fevereiro, os brasileiros sentirão no bolso mais um aumento nos preços dos combustíveis. O reajuste do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) elevará em R$ 0,10 o litro da gasolina e do etanol, que passarão a custar R$ 1,47. O diesel e o biodiesel também ficarão mais caros, com acréscimo de R$ 0,06 por litro, atingindo R$ 1,12.
Impacto na inflação e no bolso do consumidor
A medida, que vale para todo o país, acende o alerta para possível aumento da inflação. O encarecimento dos combustíveis impacta diretamente os custos de produção e transporte, pressionando os preços de uma ampla gama de produtos e serviços. Em 2023, a gasolina já havia sido o item que mais contribuiu para a alta do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), com aumento acumulado de 9,7%.
Defasagem da Petrobras e pressão do dólar
A situação se agrava pela defasagem entre os preços praticados pela Petrobras e os valores de referência no mercado internacional. Segundo a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), essa diferença chega a 24% para o diesel e 13% para a gasolina. A estatal mantém os preços nas refinarias estáveis desde julho de 2023, enquanto o dólar ultrapassou a barreira dos R$ 6, intensificando a pressão sobre os custos de produção.
Impactos
O Comitê Nacional de Secretários de Fazenda (Comsefaz) justifica o reajuste como uma medida para manter o equilíbrio fiscal dos estados. No entanto, especialistas alertam para os impactos negativos sobre a economia e a população.
O aumento dos combustíveis pode desacelerar a atividade econômica, reduzir o poder de compra das famílias e agravar as desigualdades sociais.
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