Manaus (AM) – A Zona Franca de Manaus (ZFM) voltou ao centro do debate político após declarações do atual superintendente da Suframa, Bosco Saraiva. Durante entrevista ao G6, grupo formado por portais de notícias do Amazonas, Saraiva afirmou que o governo Bolsonaro tentou fechar o polo industrial da ZFM, mobilizando forças para desmantelar a economia local.
Segundo Saraiva, em fevereiro de 2022, o então ministro da Economia, Paulo Guedes, articulou cortes drásticos no IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), enquanto o coronel reservista Alfredo Menezes Júnior, aliado de Bolsonaro e então superintendente da Suframa, executava medidas para inviabilizar a ZFM. Como consequência, diversas empresas já se preparavam para deixar o Amazonas até agosto daquele ano.
Menezes rebate e desafia Saraiva para debate
As declarações de Bosco Saraiva foram duramente rebatidas pelo ex-superintendente da Suframa, Coronel Menezes, que classificou as acusações como “mentirosas e covardes”. Em vídeo publicado em suas redes sociais nesta terça-feira (25), Menezes afirmou que a gestão Bolsonaro nunca tentou prejudicar a ZFM e desafiou Saraiva para um debate público.
“Isso é uma mentira descarada, sem base, sem provas, sem credibilidade. Parece mais uma tentativa de ‘lacração’ para ganhar likes na internet. Além de ser absurda, essa afirmação é uma covardia inominável”, disse Menezes.
Ele também defendeu sua atuação na Suframa, destacando que, durante o governo Bolsonaro, a ZFM bateu recordes de faturamento, ultrapassando a marca de R$ 100 bilhões em 2020, e que sua gestão destravou diversas plantas industriais no Polo Industrial de Manaus (PIM).
“Bolsonaro me deu a missão de proteger a Zona Franca de Manaus e o Amazonas, sem politicagem. Trabalhamos sério, valorizamos a meritocracia, que, aliás, parece uma palavra desconhecida pela atual gestão”, concluiu Menezes.
O embate entre os dois ex-gestores da Suframa reacende a disputa política em torno do futuro da Zona Franca de Manaus e seu papel no desenvolvimento econômico do Amazonas.
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