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Sorte

Brasil é um país com 137 milhões de apostadores

Apostar faz parte da cultura brasileira, movida pela crença na sorte e na chance de mudar de vida

O brasileiro acredita — e muito — na sorte. Crê na possibilidade de mudar de vida ou, pelo menos, de realizar um sonho. Pode ser com uma aposta simples ou um aporte maior. O que o move é a crença de que alguma hora ela vai lhe sorrir. Tem sido assim ao longo das décadas. Se nos anos 1940/1950 os cassinos seduziam apostadores com salões luxuosos, de 1940 a 1960 houve a expansão do jogo do bicho nas esquinas. Neste cenário, o Rio virou referência.

Se nos anos 1970/1980 as loterias da Caixa Econômica Federal ganharam projeção nacional, nas décadas de 1990/2000 o país viveu o boom de raspadinhas e bingos, sem deixar de lado as máquinas de caça-níqueis. O que era legal sempre conviveu com o clandestino. A repressão se fez presente, mas o jogo sobreviveu, legalizado ou não. E ainda está no dia a dia das pessoas, agora de forma virtual.

Uma pesquisa feita em agosto de 2024 pelo Instituto Locomotiva projetou que 85% dos brasileiros já fizeram algum tipo de aposta, o que corresponde a 137 milhões de pessoas. Desse total, 34% — ou 52 milhões de adultos — já fizeram uma “fezinha” esportiva, nas chamadas bets (casas de apostas de quota fixa), a mais nova versão do sonho de independência financeira. É essa cultura, tão presente na vida nacional, que o EXTRA vai discutir numa série de seis reportagens a partir de hoje.

A popularidade das bets serviu como porta de entrada para outros formatos, como os cassinos on-line. A partir daí, jogos como o do Tigrinho (Fortune Tiger) também invadiram o Brasil. Este chegou a ser proibido no país, mas acabou liberado.

A pesquisa do Locomotiva aponta um certo equilíbrio entre os gêneros. Os homens representam 53% dos jogadores; as mulheres, 47%. Mas há diferenças: enquanto eles tendem a apostar mais em esportes, elas preferem os cassinos on-line.

Além disso, um estudo do Banco Central (BC), feito de janeiro a agosto de 2024, mostra que os valores transferidos a casas de apostas vão de R$ 18 bilhões a R$ 21 bilhões por mês. Marcelo Mello, da UFF, diz que as famílias de menor renda são as mais impactadas:

“Parte significativa da renda, especialmente da classe média baixa, tem ido para apostas”.

*Com informações do Extra

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