Manaus (AM) – Há 6 anos sem sair de casa, no bairro do Alvorada, Zona Oeste de Manaus, a autônoma Maria de Fátima Tamura, de 64 anos, conhece bem a dor de ser vítima da criminalidade e enfrentar graves problemas de saúde, como a enfisema pulmonar.
Ela conta que foi dona de um mercadinho e de uma casa confortável no conjunto Hiléia, bairro Planalto, Zona Centro-Oeste da capital, mas viu seu patrimônio sucumbir aos constantes assaltos que sofria no estabelecimento.
“Fui assaltada 15 vezes e ninguém nunca foi lá ajudar a resolver essa situação. Por causa disso, os problemas financeiros foram se agravando. Não podia mais pagar água, não podia mais pagar luz. Tivemos até que vender nossa casa do Hiléia”,
relata.
As dificuldades de Fátima não terminariam por aí. O esposo da mulher, o agricultor Yoshikatsu Tamura, de 77 anos, em decorrência das preocupações econômicas, sofreu um derrame.
“Meu esposo era agricultor e muitos comerciantes do Tarumã nos conheciam. Só que ele teve esse problema e outro hemorrágico, precisando ficar internado e amputar uma perna, depois. O restante do dinheiro a gente fez tratamento dele, que merece todo meu amor e respeito. É um homem muito bom e veio criança para o Brasil, por causa da II Guerra. O pai dele chegou a lutar”, conta.
Complicações de saúde
Maria de Fátima prossegue o relato, contando que passou por um quadro grave de depressão e desenvolveu, depois, enfisema pulmonar, usando aparelhos, hoje, para respirar.
“Fumava, tinha ansiedade e uma depressão profunda, que se abateu sobre mim e adquiri esse problema, que me causou a DPOC [Doença Pulmonar por Obstrução Crônica], já do quadro de efisema”, explica.
Solidariedade
O filho mais velho foi quem assumiu o sustento da família e tem ajudado a pagar as contas. Porém, somente com um salário, existem muitas necessidades para a família.
“Por isso, queria fazer este apelo a quem estiver vendo essa reportagem. Se Deus tocar em seu coração, nos ajude. Meu filho conseguiu comprar, com todo sacrifício, uma cama elástica (aquele pula-pula) e outros brinquedos infláveis. Ele precisa de um espaço autorizado para colocar e podermos completar mais a nossa renda”, fala Fátima.
Mais uma ajuda seria o apoio de alguém que pudesse acompanhar o processo de aposentadoria do esposo, que nunca recebeu nenhum benefício.
“Meu velho trabalhou a vida toda e hoje está desta forma. Um homem simples, agricultor, uma pessoa de bem e maravilhosa. Precisamos de um apoio, de uma orientação sobre esse assunto. Dói tanto na minha alma ver ele assim. Além do que, quando chove, a casa alaga e não temos como consertar esse azulejo”, finaliza.
Oxigênio
Um kit de oxigênio portátil também mudaria para melhor a rotina de Maria de Fátima. Lembrando, mais uma vez, que ela não sai de casa há 6 anos.
A autônoma passa a maior parte do tempo no quarto, porque não pode se afastar do pesado cilindro e o casal recebe a assistência de sua nora e da mãe dela, além do filho.
Interessados em ajudar o casal Yoshikatsu e Maria de Fátima Tamura podem entrar em contato pelo número (92) 98627-4339.
Acompanhe a entrevista do repórter Carlos Araújo com o casal:
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