Um caso raro ocorrido no Distrito Federal chamou atenção nas redes sociais. Uma mulher engravidou mesmo utilizando o DIU hormonal, e o bebê nasceu com o dispositivo grudado nas costas.
A informação foi publicada pela ginecologista e obstetra Rafaela Frota, que acompanhou o parto. Segundo ela, o dispositivo não perfurou a pele do bebê, mas ficou preso superficialmente por conta do vérnix, substância protetora que envolve o recém-nascido.
“O DIU não estava transfixando a pele. Só ficou grudado ali por causa do vérnix”, explicou Rafaela Frota.
O bebê, chamado Bernardo, nasceu saudável.
Gravidez com DIU é possível, mas extremamente rara
A ginecologista Marcelle Domingues Thimoti destacou que, apesar da alta eficácia do método, nenhuma contracepção é 100% segura.
“Mesmo com esses casos de falha, ele continua sendo considerado um método muito eficaz”, afirmou.
Segundo Marcelle, o risco de gravidez aumenta quando o DIU está mal posicionado. Em casos como esse, o dispositivo pode permanecer no útero junto ao feto, placenta e bolsa amniótica.
O que fazer em caso de gravidez com DIU?
Se a gravidez for identificada no início (até 14 semanas), os médicos podem remover o DIU para evitar complicações como:
- Infecção
- Aborto espontâneo
- Ruptura precoce da bolsa
- Gravidez ectópica
Quando não é possível retirar o DIU, ele pode migrar e aderir à placenta ou cordão umbilical. Casos em que o dispositivo entra em contato direto com o bebê são ainda mais raros.
Acompanhamento é essencial
Marcelle reforça a importância do acompanhamento médico para quem usa DIU. Sintomas como atraso menstrual ou sangramento incomum devem ser investigados rapidamente.
“Toda mulher que usa DIU e percebe sinais de gravidez deve procurar um ginecologista imediatamente”, orienta.
Como funciona o DIU?
Existem dois principais tipos de DIU:
DIU de cobre
- Duração: até 10 anos
- Ação: espermaticida (elimina os espermatozoides)
DIU hormonal
- Duração: até 5 anos
- Libera progesterona, que espessa o muco cervical e impede a fecundação
Segundo o Ministério da Saúde, ambos os tipos têm eficácia superior a 99%.
(*) Com informações do Correio Braziliense
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