Rio de Janeiro (RJ) – A Força Aérea Brasileira (FAB) interceptou, no sábado (5), dois aviões e um helicóptero que sobrevoavam áreas restritas durante a cúpula do Brics, realizada no Rio de Janeiro. O evento, que reúne chefes de Estado das nações do bloco — Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul —, termina nesta segunda-feira (7).
Segundo a Aeronáutica, caças A-29 Super Tucano terminaram acionados para as interceptações após detecção de voos não autorizados.
Duas aeronaves adentraram zonas de exclusão e, orientadas a mudar de rota, tiveram seus dados e autorizações verificadas pelos órgãos de controle.
O terceiro caso envolveu um helicóptero que sobrevoava de forma irregular a área vermelha. Após abordado pelo caça A-29, o piloto deixou imediatamente a região e pousou em um ponto isolado.
A FAB repassou a localização às forças de segurança responsáveis pela proteção do evento.
Monitoramento contínuo
Durante toda a operação, uma aeronave E-99 da FAB permaneceu em voo, realizando vigilância eletrônica e controle do espaço aéreo sobre o Rio de Janeiro. A FAB reforçou que atua de forma contínua para garantir a segurança das autoridades presentes e a soberania do espaço aéreo brasileiro.
Comando e controle integrados
As ações, coordenadas a partir da Sala Master de Comando e Controle, instalada no Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea (CGNA), estavam sob responsabilidade do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea). O núcleo contava com autonomia para autorizar, suspender ou cancelar voos conforme a necessidade operacional e a segurança do evento.
Regras para voar nas zonas restritas
Durante a cúpula, a FAB determinou que todas as aeronaves que sobrevoarem as três zonas de exclusão — branca, amarela e vermelha — apresentassem Plano de Voo Completo (PVC), mantivessem transponder ativado e contato constante com o controle de tráfego aéreo.
Leia mais: VÍDEO: Tenente da FAB morre ao atingido por carreta em Manaus
