Manaquiri (AM) – O Ministério Público do Amazonas (MPAM) denunciou dois ex-funcionários de uma agência bancária de Manaquiri por furto qualificado, após identificá-los como responsáveis por um esquema fraudulento que causou prejuízo superior a R$ 394 mil. A denúncia, protocolada no último dia 5 de julho, acabou apresentada à Vara Única da Comarca do município.

Segundo as investigações da Promotoria de Justiça de Manaquiri, os denunciados ocupavam os cargos de gerente administrativo e gerente de negócios da unidade. Utilizando suas credenciais funcionais, eles abriram contas fraudulentas em nome de terceiros — inclusive sem o conhecimento dos titulares — e realizaram movimentações como criação de limites de crédito e resgates indevidos de previdência privada.

Fraudes se estenderam a outros estados

O esquema não se restringiu à agência de Manaquiri. Conforme o processo, os investigados abriram pelo menos três contas falsas também em agências localizadas no Estado de São Paulo e em outros municípios do Amazonas. Para facilitar os desvios, os golpistas alteravam dados cadastrais, como números de telefone e senhas, garantindo assim o acesso exclusivo às contas.

Durante a apuração interna, um dos denunciados confessou participação, enquanto o outro alegou desconhecimento. No entanto, o MP informou que um dos acusados está em local incerto e não sabido, o que levou ao pedido de prisão preventiva para assegurar a aplicação da lei penal.

Acusação formal e pedido de defesa

O caso, conduzido pelo promotor de Justiça Caio Lúcio Fenelon Assis Barros, enquadrou os réus por furto qualificado mediante fraude e abuso de confiança, nos termos do artigo 155, § 4º, incisos II e IV do Código Penal.

Diante da ausência de advogados constituídos nos autos, o MP também solicitou a atuação da Defensoria Pública do Amazonas para garantir o direito à ampla defesa.

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