A escolha do prêmio “Economista do Ano”, promovido pelo Conselho Regional de Economia do Amazonas e Roraima (Corecon-AM/RR), se tornou alvo de polêmica após denúncia do economista, advogado e administrador Farid Mendonça Júnior, que afirma ter vencido a votação com ampla maioria, mas, mesmo assim, ter sido preterido na decisão final em favor do vereador José Ricardo Wendling (PT).
Segundo relato divulgado pelo próprio Farid, ele teria recebido 59 votos, o dobro do segundo colocado, que obteve 29 votos. Apesar disso, o colegiado do Corecon decidiu conceder o prêmio ao vereador. A decisão gerou críticas e levantou questionamentos sobre a transparência e os critérios adotados pelo Conselho.
“Embora a escolha final do Conselho tenha divergido da expressiva maioria de votos que recebi, é inegável que fui o nome amplamente reconhecido pela categoria. O resultado demonstra a confiança dos meus colegas economistas na minha trajetória”, declarou Farid.
O economista destacou ainda que a situação não compromete o mérito de sua candidatura e defendeu a valorização da participação democrática dentro da entidade. “Saio deste processo fortalecido, legitimado pelos colegas economistas e estimulado a seguir contribuindo com responsabilidade, com coerência e com a verdade”, afirmou.
Reconhecimento da categoria
Farid agradeceu o apoio recebido e ressaltou sua atuação em defesa da Zona Franca de Manaus, da reforma tributária justa e do desenvolvimento regional. “Ter meu nome lembrado, indicado e apoiado por tantos colegas de profissão foi, por si só, uma honra que jamais esquecerei”, disse.
Em sua nota, o economista também enfatizou o diálogo mantido com profissionais da área ao longo da campanha e a importância de um debate comprometido com justiça social, sustentabilidade e fortalecimento institucional. “Cada voto representa a confiança de quem compartilha desses ideais”, completou.
Resposta do premiado
Procurado pela reportagem, o vereador José Ricardo minimizou a polêmica e disse desconhecer o teor da nota divulgada por Farid. “Não saberia dizer. Mas agradeço ao Corecon, entidade da qual participo e colaboro há mais de 30 anos”, afirmou o parlamentar, sem entrar em detalhes sobre o processo de escolha.
O Corecon-AM/RR, até o fechamento desta edição, não havia se manifestado oficialmente sobre os critérios utilizados para a definição do vencedor nem sobre a divergência apontada entre o resultado da votação e a decisão final.
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