Dezenas de milhares de pessoas ocuparam as ruas da cidade israelense neste sábado (9), em protesto contra o plano militar de conquista da Cidade de Gaza, anunciado por Israel na sexta-feira. A mobilização ocorre em meio ao agravamento da crise humanitária na Faixa de Gaza, onde mais de 2 milhões de palestinos vivem sob risco de fome, segundo a ONU.
Novo plano de ofensiva amplia tensão
O plano aprovado pelo gabinete de segurança de Israel prevê que o exército assuma o controle total da Cidade de Gaza, região já devastada pelos combates. Ao mesmo tempo, promete distribuir ajuda humanitária fora das zonas de conflito.
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu enfrenta crescente pressão interna e internacional para encerrar a guerra, que já dura mais de 22 meses.
Mobilização massiva nas ruas de Tel Aviv
Segundo a AFP, os protestos reuniram dezenas de milhares de manifestantes. O Fórum das Famílias dos Reféns contabilizou cerca de 100 mil participantes, mas não houve número oficial divulgado pelas autoridades.
Os manifestantes carregaram fotos dos reféns ainda mantidos pelo Hamas e pediram que o governo alcance um acordo para libertá-los. O grupo palestino mantém 49 reféns, sendo que 27 são considerados mortos.
Reféns podem ser sacrificados, alerta Hamas
Após o anúncio do plano militar, o Hamas declarou que a decisão de ocupar a Cidade de Gaza representa o “sacrifício dos reféns”, sequestrados durante o ataque do grupo a Israel em 7 de outubro de 2023.
As famílias dos reféns e ativistas israelenses favoráveis à paz exigem um cessar-fogo imediato como única forma de garantir a libertação dos cativos restantes.
ONU convoca reunião de emergência
Diante da escalada do conflito, o Conselho de Segurança da ONU convocou uma reunião de emergência para domingo (10), às 10h (11h no horário de Brasília), conforme fontes diplomáticas.
*Com informações da IstoÉ
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