O governo de Israel anunciou nesta segunda-feira (13) que finalizou a libertação de 1.968 palestinos detidos desde o início da guerra em Gaza. A medida faz parte do acordo de cessar-fogo firmado com o Hamas. Segundo o comunicado oficial, os libertados foram enviados para a Cisjordânia, Jerusalém e a Faixa de Gaza.

Ônibus transportando os palestinos chegaram à cidade de Ramallah, onde foram recebidos por uma multidão. Muitas pessoas celebraram com gritos de “Allahu akbar” (“Deus é o maior”). Parte dos ex-detentos estava na penitenciária israelense de Ofer.

Em contrapartida, o Hamas libertou 20 reféns israelenses que estavam em cativeiro desde outubro de 2023. Além disso, metade dos 28 corpos de reféns mortos sob custódia do grupo palestino também será devolvida nesta segunda. A outra parte dos restos mortais, incluindo o de um soldado israelense morto em 2014, deverá ser entregue nas próximas fases da trégua.

O acordo de cessar-fogo foi articulado com base em um plano de 20 pontos proposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que chegou a Israel nesta segunda-feira para acompanhar de perto os desdobramentos do pacto.

Trump foi recebido no aeroporto Ben Gurion pelo primeiro-ministro Binyamin Netanyahu e pelo presidente Isaac Herzog, com direito a cerimônia em tapete vermelho. Ele também discursou no Parlamento israelense, onde foi aplaudido de pé.

De acordo com a imprensa local, o presidente norte-americano deve visitar o hospital onde estão sendo tratados os reféns liberados. Em seguida, seguirá para Sharm el-Sheikh, no Egito, onde irá presidir uma cúpula internacional pela paz. Netanyahu, no entanto, informou que não participará do encontro.

(*) Com informações da Folha de S. Paulo

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