O Tribunal de Contas do Amazonas deu um passo importante na modernização de seus processos ao consolidar o Comitê Gestor de Tecnologia da Informação (CGTI), agora responsável por coordenar, uniformizar e direcionar as decisões estratégicas na área de tecnologia da Corte. A iniciativa, conduzida pela conselheira-presidente Yara Amazônia Lins, atende aos parâmetros de governança digital recomendados pela Atricon e reforça o compromisso institucional com práticas mais eficientes.
A mudança ganhou ritmo após o encontro realizado em 26 de novembro, ocasião em que o Comitê passou a operar com uma dinâmica mais integrada entre as unidades técnicas. Instituído pela Resolução nº 06/2025, o CGTI é composto por representantes de 11 setores, incluindo Presidência, Setin, Administração, Tribunal Pleno, Controle Externo, Consultoria Técnica e Planejamento Estratégico. O grupo possui papel permanente e consultivo, com atuação voltada à definição de políticas, prioridades e investimentos em tecnologia.
Como primeira medida, o colegiado decidiu iniciar um mapeamento amplo das capacidades e fragilidades tecnológicas da instituição. De acordo com o diretor da Consultec, Ocimar Melloni, esse levantamento trará critérios mais claros para direcionar investimentos, evitando decisões isoladas e fortalecendo a coerência das escolhas da área de TI. Melloni destacou ainda que o CGTI passou a incorporar o antigo Comitê de Inteligência Artificial, ampliando sua representatividade e absorvendo temas estratégicos já em andamento.
O Comitê passa agora a integrar a lista de grupos estratégicos do Tribunal, ao lado de colegiados voltados a planejamento, inovação, diversidade e políticas institucionais. A Setin assume a coordenação das atividades, cabendo à secretaria elaborar diretrizes, avaliar demandas internas, consolidar o Plano Diretor de Tecnologia da Informação (PDTI) e acompanhar a execução orçamentária do setor.

Para o secretário Elynder Belarmino, a reorganização marca um avanço significativo para a gestão atual. Ele reforça que o CGTI se torna ponto central de discussão e alinhamento das decisões tecnológicas, oferecendo suporte direto à Presidência nas definições de transformação digital e elevando o nível de governança do Tribunal, em conformidade com as exigências da Atricon.
O fluxo revisto também impacta a tramitação de novas soluções de TI. A partir de agora, toda proposta deverá ser enviada ao Comitê com justificativas técnicas, análise de viabilidade e avaliação financeira, garantindo mais segurança, padronização e transparência. As reuniões ocorrerão a cada dois meses e terão suas atas publicadas na intranet, permitindo acompanhamento contínuo das ações.
