Familiares e amigos de Benício Xavier Freitas, de 6 anos, morto após receber uma dose incorreta de adrenalina no Hospital Santa Júlia, realizaram um protesto pacífico na manhã desta segunda-feira (1º) em frente ao Conselho Regional de Medicina do Amazonas (Cremam), no bairro Flores, Zona Centro-Sul de Manaus.
A mãe da criança, Joyce Xavier, relembrou o momento em que o filho apresentou reação à medicação e afirmou que a médica responsável não monitorou o quadro adequadamente.
“Ela não sabia o que fazer. Ficava no celular. Em nenhum momento acudiu meu filho. A enfermagem fez mais do que ela”, disse Joyce.
O pai de Benício, Bruno Mello, afirmou que a morte do menino foi resultado de falhas sistêmicas na unidade de saúde, envolvendo desde a contratação da médica até a ausência de acompanhamento farmacêutico.
“O hospital é acreditado, mas não sei que tipo de acreditação é essa. O CRF esteve lá e viu que não havia farmacêutico. Talvez ele notasse que 9 ml, uma quantidade enorme para uma criança de 21 quilos, estava errado. Houve falha da médica, da técnica, de vários setores”, declarou.
Emocionado, Bruno disse que a família vive o luto em busca de justiça.
“O coração do nosso filho queimou naquele dia. Hoje, o nosso sangra. É doloroso ver a mãe dele acordar e lembrar que prepararia o café e o uniforme dele. Não posso fazer nada, só lutar por justiça”, afirmou.
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