O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) iniciou, nesta segunda-feira (1º), a 8ª edição do Teste Público de Segurança dos Sistemas Eleitorais, etapa conhecida como Teste da Urna 2025 e vista nos bastidores políticos como o marco oficial da preparação técnica para o pleito de 2026. A ação ocorre a menos de um ano da disputa eleitoral, em um momento em que partidos, pré-candidatos e analistas acompanham com atenção cada movimento relacionado à segurança e à credibilidade do processo.
Ao longo da semana, especialistas selecionados vão executar 38 planos de testes aprovados pela Comissão Reguladora, avaliando desde o Gerenciador de Dados da Urna Eletrônica até sistemas de apuração e ferramentas do Kit JE-Connect. O procedimento, segundo o TSE, tem o objetivo de reforçar a confiabilidade dos sistemas, assegurar transparência e identificar pontos passíveis de aperfeiçoamento — fatores que influenciam diretamente o ambiente político em um ciclo eleitoral.
A programação começou no período da tarde, das 13h às 18h, e segue, nos dias seguintes, das 9h às 18h. O encerramento está previsto para sexta-feira (5), às 17h, no Auditório II do TSE. Observadores do meio acadêmico, representantes da imprensa e convidados acompanham os trabalhos.
Os testes ocorrem em um ambiente restrito no 3º andar da sede do Tribunal, com controle de acesso, monitoramento por câmeras e suporte técnico completo, incluindo computadores, urnas, impressoras e insumos necessários à execução dos planos. A estrutura busca garantir que as equipes tenham condições de explorar eventuais vulnerabilidades e propor soluções.
Desde a primeira edição, em 2009, o Teste Público de Segurança tornou-se referência internacional. Em 2016, passou a ser obrigatório antes das eleições. Ao longo dos anos, 157 especialistas já participaram do processo, resultando em 112 planos executados em quase 250 horas de testes. O histórico, segundo técnicos da Justiça Eleitoral, demonstra o compromisso institucional com o aperfeiçoamento contínuo.
Com o primeiro turno marcado para 4 de outubro de 2026 — e eventual segundo turno no dia 25 —, o início do Teste da Urna sinaliza, politicamente, que a engrenagem eleitoral do país está oficialmente em movimento. Para líderes partidários e atores estratégicos, trata-se de um indicativo claro de que o calendário político já começou a ditar o ritmo das articulações nacionais.
