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Com a Palavra

Coronel Menezes defende o fortalecimento do modelo Zona Franca de Manaus

Nesta edição de "Com a Palavra", o Em Tempo conversou com o Coronel Menezes (PL)

Foto: Arquivo Em Tempo

Nesta edição de “Com a Palavra”, a equipe do Em Tempo conversou com o Coronel Menezes (PL), que é candidato ao Senado Federal. Durante a entrevista, Menezes falou sobre sua relação com o Presidente da República Jair Bolsonaro, assim como os planos para as eleições deste ano. Também defendeu o modelo Zona Franca de Manaus, e o seu fortalecimento.

Primeiramente eu gostaria que o senhor comentasse um pouco sobre as eleições deste ano. O que o motiva a se eleger para o Senado Federal?

Bem, eu sou amazonense, nasci aqui na cidade de Manaus, no bairro da Cachoeirinha. Estudei praticamente a minha adolescência toda em colégio militar. Sou filho de pastor, meus pais são pessoas muito simples, e no colégio militar eu aprendi a disciplina, a valorizar a família, e muita coisa boa. Após isso eu passei 30 anos no Exército Brasileiro. Então, como você muito bem colocou, tive a oportunidade de trabalhar fora do país por pelo menos quatro vezes. Na ONU, em Nova Iorque, e em Washington

Também trabalhei no exército americano, e eu passei 30 anos servindo ao meu país, indicado pelo Exército Brasileiro, sempre dentro do critério da meritocracia. Após isso, fui superintendente da SUFRAMA e, agora, eu acredito que eu estou apto para servir ao povo do Amazonas como representante que tem acesso e a proximidade com o Governo Federal, que tem o devido preparo, e a minha carreira, praticamente um pouco da minha biografia, como você falou. A minha formação acadêmica me credenciou para isso, então se essa for a vontade do povo do meu estado, eu estou e aqui com essa responsabilidade de fazer essa interface entre o Estado do Amazonas e o Governo Federal.

O senhor tem uma relação muito próxima com o presidente Jair Bolsonaro. Como o senhor encara a relação do presidente com o processo eleitoral? Você confia nas urnas eletrônicas?

Olha, essa situação das urnas é uma situação que está sendo muito debatida, e discutida. Lamentavelmente, esse é o processo que nós temos hoje no Brasil, de não termos uma auditoria aberta e transparente. O voto é secreto, mas a apuração é pública, ela tem que ser transparente. Nesse nosso processo, somente 3 países do mundo fazem como o Brasil, então a gente tem que refletir sobre isso daí.

Então, o que eu desejo é exatamente o seguinte, que o povo vá no dia das eleições, para as ruas, vestido de verde e amarelo, e que realmente a gente possa mostrar para o mundo a grandeza que é o Brasil e a firmeza que nós temos no nosso processo democrático. Agora essa situação das urnas serve para reflexão do nosso povo.

O senhor saiu do partido patriota e, atualmente, é o pré-candidato ao Senado Federal pelo Partido Liberal. O que o levou a integrar essa sigla?

Muito bem, eu estava como superintendente da SUFRAMA e a política entrou na minha casa com a minha filha mais velha. Ela sempre gostou muito de política, inclusive vem agora como pré-candidata a deputada estadual e, naquele momento, desde os anos de 2015 e 2016, esses movimentos todos de diretas e de direitas, a direita sempre participou, e ela se filiou ao partido Patriotas e foi presidente do Patriotas Mulher.

Eu na condição de pai nem pensava em ingressar na política. Para ajudá-la, eu me filiei também. Por isso, como eu estava filiado ao Patriotas, ao sair da Suframa, eu concorri, eu tinha todas as condições para concorrer à Prefeitura de Manaus. O que me levou a mudar de partido foi exatamente o fato do presidente Bolsonaro, esse alinhamento que você acabou de falar.

Eu conheço o presidente a 40 anos, dito por ele também, e para ser coerente com as nossas convicções, em dezembro de 2020, ao término do processo eleitoral da prefeitura, eu tive uma reunião com o presidente, naquele momento, quero deixar claro, ele me disse três cosas: primeiro, que eu seria o candidato dele ao senado no ano de 2022, então hoje eu estou na condição de pré-candidato. Ele me disse que o projeto político dele para o Amazonas era eleger um senador e dois deputados federais, pelo menos isso, e que eu iria coordenar a campanha dele no Estado do Amazonas a presidente da república, juntamente, com o presidente do partido. Então, o que me levou a mudar de partido, foi exatamente esse alinhamento e essa diretriz que eu recebi do presidente no final do processo eleitoral de 2020.

Recentemente, o seu partido, o PL, fez uma união federativa com o partido União Brasil, que é o partido do governador Wilson Lima. Há a possibilidade de uma mudança para o cargo de vice-governador ao lado de Wilson?

Olha, eu aprendi, no pouco tempo que eu estou na política, que na política até elefante voa. Então, o nosso projeto, como eu acabei de falar, eu e o presidente acordamos isso lá no final do ano de 2020, esse é o projeto principal, é que a gente venha a concorrer ao Senado Federal. Porém, até o dia 5 de agosto, onde vai ocorrer, realmente, a efetivação de tudo, eu estou à disposição do meu partido, para aquilo que for melhor somar e melhor para o meu estado. Mas o nosso projeto é que a gente venha concorrer para o Senado Federal.

Agora, se na última hora, o partido achar melhor que eu venha para uma outra função, acima, abaixo não, porque abaixo está fora de cogitação, eu estou à disposição do partido.

O senhor passou mais de 30 anos servindo ao exército e, durante essa sua trajetória, quais foram os maiores aprendizados que o senhor busca trazer para o meio político?

A pergunta é muito interessante, gostei muito dela. No exército, a gente tem uma coisa das forças armadas, quando a gente fala de exército, que eu também vim de lá, mas aqui eu quero representar a marinha e a aeronáutica também, as forças armadas. Primeira coisa o patriotismo, lamentavelmente a nossa classe política cria uma narrativa para o povo de que está defendendo uma causa pública, mas a nossa classe política que domina o estado do Amazonas há 40 anos ela se locupleta muito na parte individual. Então, está faltando patriotismo para essa velha política, e esse atores. Então, você me perguntou e vou te dizer: a gente pensar mais efetivamente na causa pública, deixar de lado os interesses pessoais, que é a fome de poder, como tem alguns atores políticos hoje no estado que eles planejam, e eles dizem que querem ser ‘’isso’’, querem ser ‘’aquilo’’, e quem atravessar na frente deles, eles tiram do jogo. Então, isso não é uma pessoa pública, isso é de uma pequinês, uma mesquinhes muito grande, querer impor à vontade por meio da força, como é que acontece hoje aqui no estado do Amazonas. Então, o exército me ensinou a ser patriota, e a fortalecer ainda mais a família. O Brasil é um país conservador, é um país cristão, e isso nós temos que fortalecer: a família, o respeito às pessoas e às diferenças. Acho que a terceira coisa que eu queria falar, que me traz a vida pública, e que a gente tem que fazer, é a parte do respeito e a meritocracia.

A cidadã Rita de Negreiros Xavier pergunta: eu queria saber do candidato, o que ele tem em mente para a melhoria da Zona Franca de Manaus e para o povo da cidade.

Agradeço a sua pergunta. Em primeiro lugar, a Zona Franca de Manaus, que hoje é o único modelo e vetor econômico que nós temos, e eu fui superintendente da Zona Franca de Manaus, da Suframa, e posso falar abertamente: primeiramente, esse modelo foi criado por nós, militares. Porque os militares têm a visão de futuro, e têm projetos que duram por um longo tempo. Não são projetos de governo, e sim de estado. Então, esse modelo foi criado por nós, e ele é o único que perdura até hoje. Com certeza, a nossa principal missão no congresso é defender esse modelo, mas é defender esse modelo de uma maneira diferente, que essa classe política que está aí nos dominando há 40 anos fala. Ela simplesmente falou que vai defender o modelo, e apagou para o resto, apagou para o interior, apagou para outros vetores econômicos que representam e que são o potencial do nosso estado.

Então, a gente tem que defender esse modelo, porque uma coisa é verdade: nos próximos 15 e 20 anos é daí que ainda vem o nosso pão de cada dia, porém, nós não podemos fechar a porta para o turismo. Há a necessidade para fortalecer o Polo Industrial de Manaus de um polo petroquímico. Nós não podemos abrir mão do pescado, o setor primário, e o manejo florestal.  Já falei do turismo, da nossa bioeconomia, e também das riquezas que tem no interior do Amazonas. Fazendo dessa maneira, e construindo outros vetores econômicos que são complementares a economia, nós estaremos sim, fortalecendo sim o Polo Industrial de Manaus.

A cidadão Ana Caroline pergunta: candidato, qual a sua visão com relação a baixa do combustível e o cenário que se encontra hoje?

Obrigado, Ana Caroline pela sua pergunta. O que você está assistindo foi um pacote de medidas que o governo do nosso presidente Bolsonaro tomou em aliança com o Congresso Nacional. Ou seja, eu estive recentemente na convenção do PL e vi o presidente Bolsonaro agradecendo pessoalmente ao presidente da câmara Arthur Lira, porque ele entendeu que isso era viável, esse pacote que está inserido. Não só o combustível, como outras coisas também, dentre eles o aumento do Auxílio Brasil de R$ 400 para R$ 600 reais.

Mas, o combustível hoje, não só ele, como alguns outros itens, eles subiram no mundo todo. Não é exclusividade do Brasil. Nós temos que entender que o contexto que nós vivemos hoje é de um retorno da pandemia. Esse retorno afetou o Brasil, como afetou grandes potências econômicas que no passado não tinham inflação de dois dígitos e hoje têm.

E o que que o presidente fez? Ele levou, para facilitar ainda mais a vida do brasileiro, que fosse reduzido esse preço da gasolina colocando um teto limite de 18%. Pasme, a esquerda votou contra. Os políticos lá no congresso do PT do PSOL, de todos esses partidos de esquerda votaram tudo contra. Isso tem que ser falado e dito. Então, essa medida foi muito positiva. A gasolina que estava em alguns estados praticamente R$ 8, por exemplo, aqui no estado do Amazonas, ela está na faixa R$ 5,80. Então isso é um ganho muito grande, então fruto do trabalho do Governo Federal e da sensibilidade que o presidente Bolsonaro tem nesse momento em que a economia está sendo retomada.

Agora, falando um pouco sobre a questão da segurança pública em áreas de difícil acesso, como por exemplo o Vale do Javari, onde, recentemente, foi o palco de um crime bárbaro. Quais as suas propostas para frear essas ações criminosas?

Olha, Fernanda, a gente não pode ser demagogo. Eu sou amazonense, então, o que acontece é o seguinte, a Amazônia ela é um continente. O crime foi bárbaro, mas ele acontece, lamentavelmente, quase que tem uma certa rotina. Está crescendo muito o tráfico na área, principalmente, nesse eixo aí do Vale do Javari, do Alto Solimões, com piratas. Apesar de esse crime ser bárbaro, a gente tem que analisar, porque da maneira que se coloca, para mídia fora, tem um outro entendimento. Primeiro que a Amazônia ela é ela é um continente. O Amazonas é um continente. A gente não chega no Vale do Javari como a gente sai daqui e entra ali em um bairro e sai.

Tem todo um contexto, uma logística. Ela é muito difícil. E o que que acontece? A essência desse crime bárbaro foram coisas pequena. Tinha um ou outro ali, eu não sei se foi jornalista ou indigenista, são dois atores ali. Um entrou em conflito com uma liderança local, e essa liderança resolveu se vingar. E é exatamente isso, só que no meio do nada, no meio da Amazônia, e deu no que deu.

Então, para a solução dessa problemática, tem que haver sim uma conjugação e união de esforços do Governo Federal, do Governo Estadual e também lá na ponta da linha do Governo Municipal. Além dessa parte da sinergia entre os três entes governamentais nós temos também que ter um trabalho de tecnologia da informação muito grande e com isso, com certeza, com essa sinergia a gente vai mitigar essa situação.

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