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Cenário Econômico

Endividamento das famílias brasileiras é preocupante, diz ONU

Estudo mostra que sete em cada dez famílias brasileiras se endividaram durante a pandemia, e 43,2% deste total não deve conseguir honrar os compromissos financeiros

Famílias endividadas no Brasil
Famílias endividadas no Brasil

Relatório do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), um braço da ONU, mostra um cenário preocupante em relação ao endividamento das famílias brasileiras. O estudo mostra que sete em cada dez famílias brasileiras se endividaram durante a pandemia e que podem não conseguir honrar seus compromissos.

De acordo com o relatório, divulgado pela CNN Brasil, 43,2% desses núcleos familiares não devem conseguir honrar os compromissos financeiros.

Desafios econômicos

Como desfecho deste cenário, a economia do Brasil presenciará “variados desafios econômicos e sociais uma vez que muitas dessas pessoas poderão enfrentar dificuldades para se inserir ou permanecer no mercado consumidor”.

O estudo sugere ainda a atuação urgente e efetiva do poder público, na tentativa de realocar esses consumidores no mercado de trabalho como forma de quitar as dívidas contraídas.

Alta no rendimento familiar é única solução

O documento mostra que a alta no rendimento familiar se torna a única solução para enfrentar os efeitos do ‘superendividamento’.

“Pensar na realocação do cidadão no mercado de consumo beneficia não somente o desenvolvimento do país, mas também o desenvolvimento humano — em dimensões que ultrapassam impactos econômicos”, afirmou o representante residente adjunto do PNUD, Carlos Arboleda.

Com o intuito de auxiliar na recuperação econômica das famílias brasileiros, a PNUD desenvolveu um projeto em conjunto com a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon).

População precisa de educação financeira, diz conclusão do Estudo

Após a conclusão do estudo, foram apresentadas doze recomendações aos órgãos públicos para enfrentar o endividamento ‘endêmico’ no país.

Ainda de acordo com as sugestões do documento, a primeira proposta sugere a regulamentação de um programa de educação financeira em âmbito nacional, com projetos voltados aos jovens no ambiente escolar, à população em geral e a grupos vulneráveis.

Outras sugestões, como a repactuação de dívidas e a definição das etapas e ritos pelo poder público, também aparecem no trabalho produzido pela PNUD e a Senacon.

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