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Entrevista

Caso Silvanilde: Filha de servidora se pronuncia e defesa fala sobre inquérito

Abalada, a filha da vítima ressaltou a importância do apoio dos advogados de defesa e pediu justiça

Foto: Divulgação

Manaus (AM) – Após três meses do assassinato da servidora do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), Silvanilde Ferreira Veiga, a filha da vítima, Stepanhie Veiga, falou pela primeira vez com imprensa, e pede justiça pela morte de sua mãe. Acompanhada da advogada de defesa da família, Talita Lindoso, a nutricionista se pronunciou sobre o caso durante coletiva, na manhã desta segunda-feira (15).

A servidora foi morta a golpes de arma branca no dia 21 de maio deste ano, dentro do próprio apartamento em que morava com a filha, em um condomínio de luxo localizado no bairro Ponta Negra. O autor do crime e assassino confesso, Caio Claudino de Souza, de 25 anos, cumpre prisão preventiva desde o dia 31 de junho.

A advogada de defesa Talita Lindoso iniciou a coletiva falando da importância do apoio da opinião pública e da imprensa neste caso. Ela explicou que a fase de investigação foi concluída com êxito, respeitando todos os trâmites necessários para todos os lados envolvidos no caso.

“Nós finalizamos toda a fase de investigação, esse primeiro momento podemos dizer que é um momento crucial pra qualquer ação penal, porque uma investigação bem feita garante que no final de tudo, a justiça possa acontecer. Para que a justiça ocorra é preciso que seja respeitado todo o processo penal, que todo trâmite seja respeitado e seja garantido à pessoa que está sendo acusada no crime, que ela tenha todos os seus direitos respeitados, e isso aconteceu até aqui”.

A advogada ainda explicou que após a conclusão das investigações, um relatório da equipe policial responsável pelas investigações foi apresentado no último dia 10 de agosto à justiça, onde Cio Claudino foi denunciado pelo crime de latrocínio.

“Com o final das investigações foi apresentado um relatório pela polícia à justiça, aonde se opinou pela responsabilidade do Caio e a denúncia foi oferecida pelo Ministério Público, e entendeu-se que ele foi indiciado pelos crimes de roubo seguido de morte, conhecido como latrocínio. Então nesse momento a denúncia se encontra conclusa para que o Juiz responsável decida pelo seu recebimento”.

Talita falou que a partir da denúncia recebida pelo juiz responsável pelo caso, Caio será citado e terá um prazo de dez dias para apresentar a sua defesa, nessa ocasião ele sai da condição de indiciado para réu. Ela ainda ressaltou que a justiça deve ser feita.

“Nós enquanto representantes da família da vítima, acreditamos fielmente de que a justiça será feita, e a justiça nesse caso é a condenação do Caio. Porque nós estamos falando de um crime brutal, um crime sem precedentes na história do estado”.

Filha da vítima

A nutricionista Stephanie Veiga falou pela primeira vez após as declarações dadas no dia do crime. Abalada, a filha da vítima ressaltou a importância do apoio dos advogados de defesa e pediu justiça pela sua mãe.

“Meus advogados foram que me trouxeram até aqui, porque a primeira vez que procurei a imprensa foi como um pedido de ajuda, só que saiu totalmente fora do sentido. É revoltante tudo o que aconteceu. Desde o início eu só queria justiça pela minha mãe. Até hoje não consigo entender como eu saio de casa e volto para casa. Isso é inexplicável para mim porque ele foi um monstro. Naquele momento, ele tirou tudo de mim e pior que ele foi trabalhar no dia seguinte como se nada tivesse acontecido”, desabafou.

Stephanie falou que apesar de ter passado três meses do dia do crime, a sensação que tem é como se o crime tivesse acontecido “ontem”.

“É como se tivesse acabado de acontecer e vai correr por muito tempo, não vai parar de doer. O mínimo é ele estar preso, o mínimo é ele continuar preso e ser condenado. Eu agradeço todo o esforço da polícia. Porém, agora, o que eu quero é que ele continue na cadeia e pague pelo crime que cometeu porque foi um absurdo. Ele entrou na minha casa, fez tudo aquilo e não pensou no que estava fazendo. Você fica marcado pelo resto da sua vida. Sai da sua casa e acontece uma coisa inexplicável. Não tem como explicar”, conclui Sthephanie.

Edição Web: Bruna Oliveira

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