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Caso Silvanilde

Caso Silvanilde: agente de portaria muda versão e diz que não matou servidora do TRT

Caio revela que no momento da prisão estava sob o efeito de drogas e que acabou confessando ser o autor do crime

Manaus (AM) – O agente de portaria Caio Claudino, preso pela suspeita de matar a servidora do Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região Silvanilde Ferreira Veiga, de 58 anos, quer mudar a versão que deu em depoimento à Polícia Civil e declarar que não matou a vítima.

De acordo com o advogado de defesa Samarone Gomes, Caio relatou ao defensor que no momento da prisão ele estava sob efeito de cocaína e acabou confessando ser o autor do crime. No entanto, agora, já fora do efeito da droga, ele afirma que não foi ele quem matou Silvanilde e que nunca entrou no apartamento dela.

O advogado revelou que ainda não teve acesso ao inquérito policial, mas já requereu a visualização aos autos do processo e aguarda a liberação para poder decidir quais são as melhores medidas a serem tomadas.

Caio Claudino está preso desde o dia 31 de maio, dez dias após o crime. Ele foi conduzido para o Centro de Detenção Provisório Masculino (CDP 1) no Quilômetro 8 da BR-147, após o pedido de prisão temporária de 30 dias.

A defesa requereu que Caio respondesse o processo em liberdade provisória ou que fosse determinado a sua internação compulsória para tratamento por ser dependente químico.

Relembre o caso

De acordo com as investigações, Silvanilde saiu do apartamento de onde mora para ou deixar um lixo, ou ir em seu veículo pegar algo e, nesse momento, foi abordada por Caio, que afirmou em depoimento que persuadiu a vítima para entrar no apartamento alegando que iria olhar o quadro de luz da unidade.

“Por que chegamos a essa conclusão? Porque ela não estava arrumada, estava muito à vontade, claramente com roupas de quem estava em sua residência. Então ela saiu muito rapidamente, foi a hora que o Caio chegou nesse andar”, apontou o delegado.

Caio contou em depoimento que viu Silvanilde fazendo o uso de seu celular, um modelo IPhone 11, e como ele estava em busca de algo para roubar, viu uma oportunidade.

“Ele viu ela fazendo o uso do aparelho celular e foi quando ele tentou roubar esse celular. Colocou ela para dentro do apartamento e lá eles entraram em luta corporal. Ele afirma que foi apenas um golpe, mas não nos convenceu porque ela estava muito machucada”, conta o delegado.

Às 22h, a filha de Silvanilde, Stephanie Veiga, recebeu uma mensagem de SOS vindo do celular da mãe. O alerta assustou a nutricionista, que se deslocou até o apartamento, onde as duas moravam, e encontrou Silvanilde morta, em uma poça de sangue.

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