Chegou ao fim, nesta última semana, o prazo para prestações de contas parciais ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Neste ano, os candidatos a deputado federal já gastaram R$ 2 bilhões, um valor que é 48% maior em comparação ao pleito de 2018, quando foi movimentado R$ 1,34 bilhão.
Terça-feira (13/9) foi o último dia para que os partidos políticos, as federações, as candidatas e os candidatos encaminhassem à Justiça Eleitoral a primeira prestação de contas parcial, com o registro da movimentação financeira ocorrida desde o início da campanha até 8 de setembro.
Ao todo, 6.747 postulantes entregaram à Justiça Eleitoral comprovantes com a movimentação de dinheiro de 16 de agosto até 8 de setembro. Trata-se da primeira prestação de contas parcial. Nas eleições deste ano, os candidatos a deputado federal poderão gastar até R$ 3,17 milhões.
Para financiar esses gastos, os candidatos podem, respeitando limites previstos, usar: recursos próprios, doações, verbas públicas distribuídas pelos partidos e os fundos partidário e eleitoral. A maioria dos recursos vem das legendas: R$ 1,8 bi de fundo eleitoral e R$ 83 milhões do fundo partidário. O montante referente a doações é de R$ 73,5 milhões e R$ 22 milhões de verba própria.
Até o momento, a sigla do União Brasil reúne a maior parcela de receita declarada. São R$ 262,6 milhões declarados por 458 concorrentes à Câmara. Seguido pelo PP, com R$ 234,8 milhões; o MDB, com R$ 180,3 milhões; o PSD, com R$ 172,1 milhões e o Republicanos, com R$ 160,5 milhões.
No recorte estadual, São Paulo sai na frente com mais recursos de campanha eleitoral, reunindo R$ 299,7 milhões. O estado é o maior colégio eleitoral do país, e tem 34.667.793 eleitores aptos a votar nas Eleições de 2022. São Paulo é seguido de Minas Gerais, com R$ 167,3 milhões gastos; Rio de Janeiro, R$ 162, 9 milhões e Bahia, R$ 135,3 milhões.
Veja:
Gastos
De acordo com o TSE, os principais gastos declarados até agora foram com adesivos e impressos, totalizando R$ 130 milhões. Em segundo lugar, a movimentação das ruas e militâncias reúnem R$ 51 milhões. Outros R$ 17 e R$ 15 milhões bancaram a criação de conteúdos e gastos com transporte, respectivamente.
Outra parte substancial dos gastos se destina a serviços, principalmente de advogados (R$ 17 milhões) e contadores (R$ 12 milhões). Outros serviços prestados por terceiros somam R$ 29 milhões.
Os candidatos devem apresentar a especificação de todos os valores doados e recebidos; a identificação dos gastos realizados, com detalhamento das fornecedoras ou dos fornecedores; e a indicação da advogada ou do advogado responsável pelas contas de campanha.
A ausência dos recibos de prestação de contas caracteriza infração grave, a ser apurada na ocasião do julgamento da prestação de contas final pela Justiça Eleitoral.
* Com informações do site Metrópoles
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