Manaus (AM) – A Fundação Amazônia Sustentável (FAS) promoveu, em 2023, uma série de ações socioeducativas que beneficiaram mais de 13 mil pessoas na região. Ao todo, foram 108 ações promovidas em 302 comunidades ribeirinhas e bairros periféricos do estado.
O projeto inclui atividades de educação, cidadania, lazer e esporte, além de capacitações, oficinas e orientações de enfrentamento a desafios como o consumo de álcool e drogas, menor acesso à educação de qualidade, gravidez na adolescência, violência doméstica, exclusão digital e cultural, e falta de oportunidades.
Com foco no fortalecimento da rede de proteção às crianças e adolescentes de comunidades ribeirinhas e bairros periféricos no interior do Amazonas, as atividades visam proteger e garantir os direitos da juventude da floresta, assim como empoderar esse público e desenvolver habilidades e potencialidades já existentes.
Essas ações fazem parte do projeto Desenvolvimento Integral de Crianças e Adolescentes Ribeirinhas na Amazônia (Dicara). Em destaque estão as Olimpíadas da Floresta, que tiveram edições nos municípios de Uarini, Fonte Boa, Novo Aripuanã e Presidente Figueiredo. Durante o evento, os participantes competem em modalidades como corrida de 100m, corrida de saco, vôlei misto, futebol misto e cabo de guerra. A programação também inclui apresentações culturais, promovendo um momento de lazer e interação dentro das comunidades.
Uma jovem que teve a vida transformada pelo projeto foi Ketelen Karoline de Freitas Lopes, moradora da comunidade do Boto, no município de Itapiranga, interior do Amazonas. Ela conta que, graças ao projeto, fez amizades e melhorou a autoestima, tornando-se mais ativa e engajada em atividades além da escola.
“Antes de conhecer o Dicara, eu era um móvel, eu não tinha opinião. Eu morava em Manaus com o meu pai e ele não tinha tempo para cuidar de mim, eu não tinha amigos e era solitária. Minha vida se resumia em ir para a escola e voltar para a casa. Então pedi ao meu pai para morar com a minha mãe na comunidade do Boto. Lá, eu conheci o projeto Dicara, que me permitiu fazer amigos e interagir com as pessoas. Deixei de ser um móvel. O projeto Dicara para mim é superação”,
disse Ketelen.
Outro destaque do ano foi o retorno do projeto ao município de Tefé, com ações que vão beneficiar 28 comunidades da região. No cronograma, estão previstas capacitações e oficinas em educação, arte e esporte, além da realização de eventos como Encontros de Jovens Líderes e as Olimpíadas da Floresta.
“O projeto é estruturado para estimular a autonomia e a autoestima desses jovens, que têm sonhos e necessidades como qualquer um, mas que enfrentam seus próprios desafios enquanto cidadãos da floresta. Por meio das nossas atividades, buscamos fortalecer a rede de proteção a essas crianças e adolescentes, assim como incentivá-los e empoderá-los para que alcancem seu potencial. Isso inclui motivá-los por meio de ações de educação, esporte e lazer, sempre valorizando a cultura ribeirinha. Nossas atividades acabam desenvolvendo a comunidade como um todo, à medida que pais e lideranças comunitárias também são engajados nas ações do projeto“,
afirmou Fabiana Cunha, gerente do Programa de Educação para Sustentabilidade (PES) da FAS.
*Com informações da assessoria
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