Manaus (AM) — Nesta quinta-feira (21), comemora-se o Dia do Pão Francês, alimento que faz parte da mesa dos brasileiros e contribui para o desenvolvimento da economia nacional. Conforme a Associação Brasileira da Indústria de Panificação e Confeitaria (ABIP), o brasileiro consome, em média, 31 quilos de pão francês por ano, o que representa cerca de 2,3 milhões de toneladas.
Nos cinco primeiros meses de 2023, o setor faturou R$ 58,61 bilhões, um aumento de mais de R$ 7,18 bilhões em comparação com o mesmo período do ano anterior.
História e Tradição
Embora tenha o nome de pão “francês”, ele não existe na França. Já no Brasil, dependendo da região, recebe diferentes apelidos, como massa grossa, pão de sal, cacetinho no Rio Grande do Sul e na Bahia, carioquinha no Ceará, e careca no Pará, além de outras variações.
Existem indícios que levam à origem do pão francês no período colonial, no Rio de Janeiro, com a chegada da corte de Dom João VI. A farinha branca importada, até então disponível para os mais ricos, possibilitou a criação do pão que se popularizou no século XX, impulsionado pela produção nacional de farinha.
Segundo pesquisas do jornalista, escritor e entusiasta da panificação, J.A. Dias Lopes, a França se tornou uma grande produtora de farinha de trigo branca durante o reinado de Luís XIV, e essa farinha passou a ser chamada de farinha francesa em vários lugares do mundo.
“É mais provável que o nome de pão francês venha daí, do fato de ser feito com essa farinha de trigo fina e branca”,
explicou.
Amor pela profissão
Entre os inúmeros estabelecimentos comerciais onde é possível encontrar pão em Manaus, estão as padarias das 5 unidades da Rede de Supermercados Super Nova. Um dos principais responsáveis pelo processo de produção do alimento na filial Super Nova Manoa, na Zona Norte da capital amazonense, é o padeiro Otony Santos, que atua no ramo há 17 anos. O profissional ingressou na atividade como forneiro, depois se tornou auxiliar de padeiro, até alcançar a função de encarregado que desempenha atualmente.
“Nesse longo tempo, a gente aprendeu muitas coisas, como produzir o pão que vem do trigo, açúcar, sal e outros ingredientes mais, como o reforçador, o emulsificante líquido e o fermento. Para o pão francês chegar à nossa mesa, ele passa por vários períodos. Como a gente faz para o dia seguinte, já produzimos à tarde e nós controlamos tudo na fermentação. Então, a gente trabalha nesse período tudo dentro do padrão, da melhor forma e controlando o fermento, pois ele é que desenvolve o pão, levando de 12 a 14 horas até ser assado”,
destacou.
A professora Franciane Araújo afirma que reduz o consumo do pão francês por causa de um processo de emagrecimento, mas sempre que pode fazer questão de saborear o produto.
“É de família. Me relembra aquele momento do lanche da tarde. Então, hoje, como comprei Tucumã, resolvi comprar o pão para degustar com minha filha. Ela já fez o café pretinho delicioso e nós vamos merendar o pão com tucumã”,
disse.
*Com informações da assessoria
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